28/03/2011

VIVIANE | Discurso Direto

Depois “Amores imperfeitos” (2005) e Viviane(2007), Viviane está de regresso aos discos com "As Pequenas Gavetas do Amor", um disco, onde nos convida a viajar pelo o universo do Fado e do Amor. O Portugal Rebelde, este à conversa com Viviane e desvenda-lhe agora em "Discurso Direto" os segredos de "As Pequenas Gavetas do Amor".

Portugal Rebelde - O Fado, o Tango, a “Musette” e a “Chanson”, continua a ser o universo, por onde a Viviane nos transporta neste novo trabalho?

Viviane - Sim, são as minhas influências que estavam guardadas numa das minhas gavetas à espera da minha carreira a solo. Acho que há um fio condutor entre estes estilos musicais nomeadamente a emoção e a energia que transmitem e é isso que procuro para as minhas canções. Além disso gosto muito da sonoridade acústica da guitarra portuguesa aliada ao acordeão aos quais quis juntar a bateria, o contrabaixo, a guitarra acústica e a flauta.

PR - Numa frase - ou talvez duas - como caracterizaria "As Pequenas Gavetas do Amor"?
Viviane - São doze canções, doze pequenas gavetas onde o amor é visto sob um ponto de vista mais universal, como uma energia que nos deve ligar á vida e ao mundo que nos rodeia, de uma forma positiva.
PR - Um dos convidados, com que se cruza neste disco é António Zambujo. Como é que surgiu esta oportunidade?
Viviane - Gosto muito do trabalho do António Zambujo, é um cantor que tem uma forma muito particular de interpretação. Um dia quando estava a ensaiar com a minha banda o tema "O tempo subitamente solto pelas ruas e pelos dias", imaginei o António a cantar esse tema comigo. Telefonei-lhe, enviei-lhe o tema e ele ouviu, gostou muito e aceitou.
PR - “As pequenas gavetas do amor” traz a poesia e alguns grandes escritores portugueses como Vasco Graça Moura, José Luís Peixoto, Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa, Ana Hatherly, Rosa Alice Branco e Ana Luísa Amaral. Neste trabalho também encontramos três temas da sua autoria. Esta é uma faceta, que a Viviane quer continuar a aprofundar?
Viviane - Eu sempre escrevi letras, desde os Entre Aspas onde a maior parte das letras eram minhas. Agora continuo sempre a escrever, mas gosto também de poesia e de homenagear escritores portugueses. Os poemas que selecciono são poemas que gostaria de ter escrito e que enriquecem as minhas canções.
PR - Depois do disco, as canções de "As Pequenas Gavetas do Amor", vão percorrer os palcos do país?
Viviane - Sim as datas para já são:
Abril:
24 de Abril - Sines, 21.30h

28 de Abril  - Teatro da Luz, 15.00h
28 de Abril - Fnac Colombo,18.00h
29 Abril - Fnac GaiaShopping, 22.00h
30de Abril - Fnac Chiado - 17.00h
Maio:
14 de Maio - Fnac Coimbra, 22.00h
15 de Maio - Fnac Leiria,17.00h
PR - A que se ficou a dever a escolha de "As Pequenas Gavetas do Amor", para dar nome ao álbum?
Viviane - Achei que esse título sintetizava bem a ideia que eu queria passar do conjunto das minhas canções, que falam no fundo da vida e das pessoas. Nós todos somos feitos de pequenas gavetas onde guardamos os nossos afectos, as nossas recordações, as nossas diferentes formas de amar. Algumas dessas gavetas estão fechadas mas vamos sempre a tempo de as abrir para encontrar a felicidade que no fundo se esconde em cada um de nós. 
PR - Para terminar, é nas "gavetas do amor", que guarda as recordações dos Entre Aspas?
Viviane - Sim, dos Entre Aspas e dos outros projectos em que participei mas não os olho com saudade. Acho que foram sobretudo construtivos e ajudaram-me a chegar até aqui. Sou uma pessoa que vivo o dia a dia, gosto muito do presente e tento usufrui-lo da melhor maneira.

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