31/03/2016

PAUS | Discurso Direto


Chama-se "Mitra" e é o mais recente disco dos PAUS, banda de Fábio Jevelim, Hélio Morais, Joaquim Albergaria e Makoto Yagyu. O álbum foi gravado na residência e estúdio da banda, o HAUS, e foi produzido por Makoto Yagyu e Fábio Jevelim. Hoje no Portugal Rebelde o "trunfo" é PAUS.

Portugal Rebelde -  É verdade que “Mitra” é um disco que foi imaginado entre viagens a ouvir hip-hop?

PAUS - De forma redutora, sim. Ouvimos muito Hip Hop quando estamos em tour. Mas também ouvimos muita música tropical e africana. Agora, não é mentira que buscamos um certo pulsar que o Hip Hop tem, quase de forma natural.

PR - “Mitra” é um álbum a quem deram mais espaço para as vozes. Sentiram essa necessidade?

PAUS - Sim. Partimos sempre do instrumental e só depois encaixamos as vozes. Estes instrumentais acabaram por ter mais espaço; respirar mais. As próprias estruturas ficaram mais ABAB, o que acabou por nos obrigar a encaixar vozes mais pensadas e que tivessem maior preponderância. Ficámos muito contentes com o resultado final; obrigou-nos a ser extremamente exigentes.

PR - “Pela Boca” foi a canção escolhida para single de avanço deste disco. Este é o tema que melhor define o “espírito” deste álbum?

PAUS - É uma música que mostra um caminho diferente, comparativamente ao disco anterior. Não é, de todo, um resumo do disco, nem estandarte. Mas é a música que sentimos que reunia duas qualidades importantes para a primeira mostra; um refrão fácil de memorizar e uma nova realidade da banda, com mais espaço para a voz.

PR - Numa frase apenas como caracterizariam este disco?

PAUS - Mitra.

PR - Apresentaram recentemente em Lisboa, Coimbra e Guimarães as canções deste novo trabalho. Qual foi o “feedback” que receberam do público?

PAUS - Tem sido incrível. Em Lisboa esgotámos o São Jorge, e em Coimbra, Ílhavo, Faro e Ovar tivemos casas muito bem compostas. Estamos muito contentes com as reações do público às canções e ao desenho de luz novo.

PR - Para terminar, a estrada será sempre um momento de celebração e união?

PAUS - A estrada será sempre um momento para colocar a conversa e a leitura em dia. O destino final de cada estrada será sempre um momento de celebração. A união faz com que continuemos a fazer esse percurso.


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