22/01/2017

SMARTINI | Discurso Direto


Os smartini regressaram! De certa forma, a banda oriunda de Caldas das Taipas nunca se ausentou completamente do panorama alternativo português. Após o lançamento de “Sugar Train” em 2007, o quarteto que há muito se conhece, não mais descolou do circuito independente. Foram mais de 50 as paragens que esta “Locomotiva sónica” fez por vários concertos. "Liquid Peace" (2016), o segundo trabalho da banda é composto por 4 temas, que surgiram a partir do momento em que uma forte necessidade interior, voltava a fazer entrar a música nas suas vidas, que com outros “riffs” e “batidas” completam o alinhamento que irão levar aos palcos em 2017. A próxima "paragem" acontece no próximo dia 28 de Janeiro, no Bar Associação Convívio, em Guimarães.

Portugal Rebelde - A pergunta é inevitável, a que se fica a dever esta longa espera?

Smartini - Em determinada altura a evolução que a música levou, fez-nos pensar que estávamos à margem e embora nunca fosse esse facto que nos demovesse e nos impedisse de trabalhar, contribuiu para que nos voltássemos para “dentro”, e como que num processo autista nos fechássemos. Foi um período de produção de igual forma, pois hoje temos registos daquilo que se podem chamar “embriões musicais” e que serão a base do que futuramente iremos apresentar. Parece que o tempo está agora a nosso favor, e assim, os smartini poderão agora com Liquid Peace, mostrar o que sempre foram. Claro que a vida familiar e profissional intensa de cada um, também teve a sua cota responsabilidade neste hiato temporal, mas com uma gestão cuidada das nossas agendas, queremos muito ficar presentes no panorama alternativo da música portuguesa, fazendo aquilo que mais gostamos.

PR - A palavra “Peace” [Paz] no título deste EP pode ser indicador de um estado de espírito que voltaram a encontrar para compor?

Smartni - Atualmente, os membros da banda atravessam um momento de estabilidade que acaba por se refletir na composição dos temas. Esta estabilidade que encontramos na sala de ensaio e nos concertos torna-se numa espécie de terapia emocional na medida em que contrasta fortemente com o tudo aquilo que se passa ao nível profissional de cada elemento.

PR -  “Liquid Peace” foi a canção escolhida para single de avanço deste novo trabalho. Este é o tema que melhor caracteriza o “espírito” deste EP?

Smartini - A escolha deste tema foi consensual. Na nossa opinião, o tema está bem estruturado musicalmente. À semelhança de um texto narrativo, é notória a existência de uma introdução, de um desenvolvimento e de uma conclusão.



PR - Numa frase como caracterizariam este “Liquid Peace”?

Smartini - “Liquid Peace” apela ao líquido amniótico que protege o embrião e que de certa forma cria uma atmosfera única de proteção e de paz.

PR - Para terminar, qual tem sido o “feedback” do público às novas canções?

Smartini - Estamos extremamente satisfeitos com tudo o que tem sido escrito sobre este EP e sobre os concertos. “Liquid Peace tem passado em várias rádios e através de votações, tem ocupado o lugar de topo ao longo de várias semanas consecutivamente. Para além disso, o facto do EP ter sido eleito várias vezes como um dos melhores EP do ano 2016. Este “feedback” traduz-se numa motivação e numa vontade enorme de trabalhar no próximo álbum.


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