Como concerto concebido especialmente para a Culturgest, uma casa tão especial, tem nas imagens do estar, do contacto e da troca o seu principal motivo de inspiração.
Tal como as árvores, as canções também respiram de diferentes maneiras e estão sempre abertas a novas formas de acontecer. Escolheram-se as canções pelas afinidades que podiam estabelecer entre elas, dentro de um vasto leque de possibilidades : os CDs anteriores, os novos projectos, novos temas dispersos.
A partir de um cenário que facilita o contacto das canções, Amélia Muge e Filipe Raposo vão sobretudo estar juntos, numa actuação que traz a insubstituível cumplicidade de anos de trabalho.
Uma memória do já vivido que teima em crescer, cantado, dito de outra maneira. José Martins interage com ambiências sonoras e outros materiais sonoros surpreendentes. Manuel Mendonça traz a paisagem dos objectos em palco e da sua animação em termos luminosos.
Quem conhece os concertos de Amélia Muge sabe que o que aqui se diz é pouco... Quem não conhece tem aqui uma oportunidade única. Estando Filipe Raposo é ainda mais especial.
Porque único e irrepetível (não está ligado ao lançamento de nenhum CD) será simultâneamente um concerto de estreia e uma grande final. Vai "criar raíz em quem assistir e dessa forma se moverá, com o passo das árvores no passo da gente.
09 de Junho - Lisboa, Culturgest
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