30/06/2010

STRELLA DO DIA

No ano em que comemoram o seu 10º aniversário, os “Strella do Dia” – um grupo oriundo de Lisboa, continuam a sua digressão de Verão pelos principais palcos medievais de Portugal, Espanha e França.
Exibindo uma sonoridade medieval pouco comum, de carácter marcadamente festivo e enérgico, as suas actuações não se destinam meramente a um público erudito, mas apelam a todas as idades e tipos de público.
Tendo participado em Junho na festa “Les Médiévales de Provins” – palco de uma das maiores recriações históricas em França –, os Strella do Dia continuam a sua digressão de Verão pelas principais feiras medievais europeias.
No início de Julho marcarão presença no já mítico Mercado Medieval de Óbidos, partindo depois para França, onde participarão nos festivais Grand Fauconnier” em Cordes-sur-Ciel e na “Fête Médiévale” em Monpazier – ambos na região cátara do Languedoc –, vindo a actuar no final do mesmo mês na “Fête des Ramparts” em Dinan, na Bretanha.
Após um breve regresso a Portugal, para participar na famosa Viagem Medieval de Santa Maria da Feira, o grupo partirá em Agosto para Espanha, tendo presença marcada no “Mercat Medieval” de Ripoll e no festival “Terra de Trobadors” em Castelló d'Empúries – ambos na região da Catalunha.
Para além da componente musical que conta com novos arranjos de música antiga, o espectáculo montado para este ano é enriquecido com uma vertente cénica, que inclui malabarismo e manipulação de objectos.
O repertório interpretado pelos Strella do Dia baseia-se na documentação musical que sobreviveu à prova do tempo e dos séculos, como as célebres “Cantigas de Santa Maria” (atribuídas ao Rei de Leão, Afonso X – avô d'El-Rei Dom Dinis), o “Llibre Vermell de Montserrat” (proveniente da Catalunha), a compilação “Carmina Burana” (oriunda dos trovadores germânicos) e danças medievais como as estampidas, ductias e saltarellos.
Os Strella do Dia editaram em 2009 o CD “Sacrus Profanus” que inclui música denominada de “neomedieval”, fazendo uma ponte entre o passado e a actualidade.
Sendo composto por temas medievais, com arranjos mais festivos e uma linguagem mais actual, é dado um lugar de destaque aos instrumentos tradicionais da época – como a gaita-de-foles, a gralha, a tarota, a harpa céltica, os crótalos e o timbalão – mas abre-se também espaço para instrumentos menos convencionais neste género musical, como o djembé africano e o surdo brasileiro.
O projecto originou-se em 2000, tomando como nome uma das “Cantigas de Santa Maria” e tem vindo a participar em diversos espectáculos e feiras medievais, não só em Portugal, mas também em Espanha e França, especializando-se numa interpretação enérgica e inovadora da música “alta” medieval (destinada ao ar livre).
Este projecto é constituído por cinco músicos – todos com diferentes experiências musicais e artísticas: Alexandre Gabriel, Daniel Morgado, Gonçalo do Carmo, João Neves e Ricardo Vieira – e um malabarista, Eduardo Dias.

Sem comentários:

/>