11/09/2024

CARA DE ESPELHO | Testa de Ferro

"Testa de Ferro" é o mais recente videoclipe da banda Cara de Espelho e encerra um ciclo de quatro vídeos realizados por Joana Brandão que inclui "Corridinho Português", "Político Antropófago" e "Tratado de Paz". 

A realizadora descreve, assim, o seu processo criativo e a experiência de colaborar com Cara de Espelho, trazendo para o campo audiovisual a estética que a banda estava, na altura, a criar para o seu álbum de estreia: "Nos primeiros dois [vídeos], Político Antropófago e Corridinho Português, o desafio era fazer trabalhos mais gráficos, que fossem ao encontro da estética que a banda já tinha, no álbum. Criei dois vídeos diferentes mas com uma premissa comum, ambos com a colaboração, na edição e grafismos, da Inês Carrola e do Ricardo Madeira e em Corridinho Português, com manipulação de fotografias do Rui Palha. 

Em Tratado de Paz, a grande premissa era a simplicidade e fui ao encontro disso, procurando que a palavra não passasse despercebida. Já no caso de Testa de Ferro, o desafio que me lançaram foi de criar um vídeo simples, em que se sentisse a energia da banda a tocar. O vídeo, com a direção de fotografia do Paulo Segadães (também em Tratado de Paz) e a edição do Bruno Moreira | Mola, passa essa energia, mas nada como ver os Cara de Espelho, ao vivo, para realmente sentirmos o poder desta “superbanda!".

 

FERNANDO FERREIRA APRESENTA NOVO DISCO "TEMPO" NO PORTO

Fernando Ferreira apresenta novo disco "Tempo" no Porto, dia 28 de Setembro no Teatro Helena Sá e Costa às 21.00h. O álbum "Tempo" tem edição a 25 de Outubro.

 

10/09/2024

THE HAPPY MESS AO VIVO EM LISBOA

O novo álbum dos Happy Mess, “Horas Dias Meses Anos”, vai ser apresentado pela primeira vez em Lisboa, dia 5 de Outubro, num concerto especial no Jardim do Alto de Santo Amaro, em Alcântara. Além dos temas que fazem parte do novo trabalho, como os singles "Dieta Mediterrânica", “Sol da Toscânia” – o single do ano na Antena 3 em 2023 –, “Film Noir”, “Dançar no Escuro” e "Manual de Sobrevivência", The Happy Mess vão celebrar o 13.º aniversário de carreira e convidam os fãs e amigos para a festa. 

Recorde-se que “Horas Dias Meses Anos” sucedeu a “Jardim da Parada” (2021). Composto por 11 temas que ousam ir mais além na estética ‘pop elegante’ a que a banda nos habituou, "Horas Dias Meses Anos" é, dizem, "um disco do prazer pelo prazer” onde a banda explora novos territórios estéticos e se reinventa sem pudor. O concerto é de entrada gratuita e está marcado para as 22h00.

PAULA MORELENBAUM BOSSARENOVA TRIO | 3 Concertos em Portugal

09/09/2024

MIDUS | Shakin’ All Over (feat. Tim Alford)


E dois anos depois do álbum “Minhas Canções, Meus Amigos”, Midus está de volta aos discos. A antecipar a edição de um novo álbum, a cantora e baixista que agitou e marcou o rock “made in Portugal” nos 80’s, apresenta-se em “tons” do melhor rock, com uma versão de “Shakin’ All Over”, tema que marcou os primórdios do rock britânico no início dos anos 60. 

A viver em Londres há décadas, onde, recordo, tocou com nomes como Anne Clark, Tanita Tikaram, Bryan Ferry ou Mel C, entre muitos outros, numa conversa de amigos sobre música, Midus embarcaria numa “viagem” pelo rock britânico até 1960, ano em que Johnny Kidd & The Pirates, dava nas vistas nos meios roqueiros precisamente com este tema. E Midus e Tim Alford, um dos amigos envolvidos na “viagem”, aterrariam no tema mais emblemático da banda e que esteve no Top 20 britânico, durante 4 meses naquele ano, tendo atingido a liderança do mesmo: “Shakin’ All Over”. 

O tema seria, anos mais tarde, incluído no álbum “Live at Leeds” dos The Who, o que atesta a sua importância no mercado britânico. A banda, que terminaria em 1966, pela morte de Johnny, aos 31 anos de idade, é agora revisitada com uma eletrizante versão por Midus. “Shakin’ All Over” de Midus feat. Tim Alford aí está para “agitar” os meios musicais, com uma inesperada, mas sempre expectável energia roqueira. Ou não fosse Midus uma mulher de e do rock. A deixar ainda mais expectativas quanto ao álbum de originais que se seguirá. (António Ramos)

ARIANNA CASELLAS Y KAUÊ | Campanas

Da América Latina a Portugal, Arianna Casellas y Kauê carregam consigo uma rica herança de histórias e canções que evocam tempos passados. Ouvi-los é desvendar um conjunto de memórias pessoais — a infância em Caracas, os ecos do Rio Grande do Sul, as juventudes no Porto e as paisagens de Trás-os-Montes —, mas também entrar num universo muito particular do que deve ser a música. 

Esta folk (se assim a quisermos chamar) liga-se ao natural, ao humano, ao mundano, numa espécie de linguagem universal de sensações que desconhece a ideia de fronteira e explora de forma livre as oralidades, de cá e de lá. Oscilando entre a canção e a declamação, a música tradicional e as referências a formas de cantar mais contemporâneas, Arianna e Kauê constroem um espaço musical de confissões, detalhes e intimidades. 

Aqui os momentos nunca são iguais. Campanas é o single de avanço para o seu primeiro longa-duração, Suenan las Campanas. Respondamos ao sinal, pois a jornada está ainda a começar.

 

TRICICLO REGRESSA A BARCELOS COM TRÊS MESES DE MÚSICA NOVA

08/09/2024

LUÍS TRIGACHEIRO AO VIVO EM CONCERTO SOLIDÁRIO

Luís Trigacheiro vai subir ao palco da Casa da Música (Sala Suggia), no Porto, no dia 6 de Outubro, às 18.00h, para um espetáculo solidário: os lucros vão reverter para a Associação Eu Sou Eu, cujo objetivo é a inclusão social de crianças e jovens com dificuldades biopsicossociais. 

Dono de uma voz única e poderosa Luis Trigacheiro é natural de Beja. Foi onde nasceu, cresceu e estudou e tem a cidade enraizada na sua cultura, na sua personalidade e é isso que o torna único. A sua voz transborda portugalidade e muitos chamam-lhe o novo embaixador do Alentejo. 

Depois de ter conquistado o The Voice em 2020, Trigacheiro colaborou com alguns dos maiores compositores do país a escrever para o seu primeiro álbum, “Fado do Meu Cante”, lançado em 2022: desde António Zambujo, Diogo Piçarra, Carminho, entre outros. 

Luís Trigacheiro planeia lançar o novo álbum de originais, que conta com a produção de Luísa Sobral, ainda este ano, e é no palco da Sala Suggia, Casa da Música, onde será acompanhado por cinco músicos, que vai tocar os novos temas e os já conhecidos do público.

 

NATÁLIA É QUANDO UMA MULHER QUISER

07/09/2024

TERESINHA LANDEIRO | Agenda

A artista Teresinha Landeiro atua no Festival do Fado China, onde apresenta o seu novo álbum “Para Dançar e Para Chorar” (Março 2024). Teresinha Landeiro sobe a palco dia 8 de Setembro, em Shangai (SHOAC) e dia 10 de Setembro em Beijing (The Theater).

RUI TINOCO | Casa da Música

Com uma mistura envolvente de intensas melodias, o pianista, compositor e produtor Rui Tinoco apresenta-se ao vivo, no próximo dia 21 de Setembro, pelas 21.30h, na Casa da Música do Porto. 

Criando uma atmosfera íntima entre o piano e a eletrónica, amplificada pela magia das projeções de vídeo, que dão campo de expansão visual às suas composições, Rui Tinoco vai apresentar uma seleção dos principais temas que já editou, desvendando ao mesmo tempo uma parcela do seu próximo álbum. Os bilhetes para o concerto já se encontram à venda na Casa da Música.

JULAKIM TRIO | Simplicidade

“Simplicidade”, é a mais recente faixa de Julakim Trio, uma fusão cativante de funk e soul. Este single faz parte da ambiciosa maratona de lançamentos de Julakim, que começou em novembro de 2023 e continuará com novas músicas a cada seis semanas até Fevereiro de 2025. O tema "Simplicidade" conta com a colaboração de Chris Cacavas.

 

06/09/2024

JÚLIO PEREIRA | Discurso Direto

“Rasgar” é o título do novo trabalho de Júlio Pereira, (25º) incluído num livro com 260 páginas ilustradas, em formato 19x19cm, evocativo dos antigos EPs de vinil. Ao longo das páginas do livro podemos inteirarmo-nos da prática do cavaquinho, desde a atualidade até informação mais remota do instrumento, passando pelos momentos em que se cruza com o próprio autor numa historiografia inédita da trajetória do músico, enquanto executante, compositor e promotor do cavaquinho. Hoje em "Discurso Direto" é meu convidado Júlio Pereira.

Portugal Rebelde - “Rasgar” é o título deste livro/disco. Este rasgar, vai muito para além da técnica de fazer deslizar os dedos da mão direita sobre as quatro cordas do cavaquinho? 

Júlio Pereira - Rasgar é nome de uma técnica que utilizo no cavaquinho tipo minhoto desde que toco este instrumento. O que este disco contém – e fugindo ao critério, como compositor, que usei noutros discos – foi uma preocupação clara de compor para cavaquinho rasgado a pensar nos outros. Contribuir para um reportório que futuramente seja útil a quem queira e goste de tocar cavaquinho. 

PR - Ao longo das páginas do livro podemos inteirarmo-nos da prática do Cavaquinho, desde a atualidade até informação mais remota do instrumento. Este estudo é essencial para o conhecimento atualizado do cavaquinho? 

Júlio Pereira - Este estudo é essencialmente a atualização da história (ou histórias) que até hoje conhecíamos. Baseado numa cronologia de acontecimentos – fotos datadas, rótulos de cavaquinhos (que permite dar a conhecer construtores, datas e lugares), o paralelismo da produção e prática no continente e nas ilhas, a influência negativa do Estado Novo na prática dos instrumentos musicais regionais (de que o cavaquinho também foi vítima), a fabricação do cavaquinho nas importantes cidades do Funchal, Braga, Porto, Coimbra e Lisboa – sendo que nesta, existiram mais que 20 violeiros que construíam cavaquinhos! Toda esta informação narrada e documentada por Nuno Cristo faz-nos entender, pela primeira vez, e poder observar as várias versões que o cavaquinho foi tendo ao longo do tempo. 

PR - O livro é editado numa versão bilingue, em português e em inglês. Esta é também uma aposta na divulgação deste instrumento junto da comunidade internacional? 

Júlio Pereira - Foi sempre desde que fiz discos com o cavaquinho. Sempre procurei meios de documentar este instrumento. E à medida que vou tendo um maior conhecimento sobre ele através dos estudos que paralelamente vão sendo publicados (sobretudo na última década), mais tenho a noção que a história de vida desta tradição continuada de construir e tocar cavaquinho, mais cedo ou mais tarde será internacionalizada. 

PR - O álbum conta com alguns temas especificamente compostos para tocadores de cavaquinho, rasga, igualmente os mares da lusofonia, e conta com a colaboração das vozes da brasileira Luanda Cozetti no tema “Boda Atlântica”, que navega algures entre o Marão e o Sertão e da Moçambicana Selma Uamusse, na belíssima “Terra d'Água”. Queres falar-nos um pouco destes contributos? 

De facto, a lusofonia – a “ritmofonia” – sempre estiveram presentes nos meus discos. José Afonso e Fausto foram os primeiros músicos portugueses com quem trabalhei que também tinham uma “alma preta”! Mas para uma experiência mais vivida e completa nada como tocar com africanos! E aqui tenho de referir os Timbila Muzimba (de Moçambique) com quem fiz (em 2004) uma tourneé pelo país promovida pelo José Rui da ACERT. Neste disco convidei a Selma Uamusse com quem tive há pouco tempo em Tondela, uma surpreendente e belíssima experiência em palco. Por outro lado, e dado que tinha composto uma música que tem que ver com o Brasil – aliás, que tem que ver com as novas relações humanas que em Portugal vão surgindo face à co-habitação com brasileiros, não haveria melhor escolha que convidar a Luanda Cozetti. 

PR - O reconhecimento da prática do cavaquinho em Portugal, fica-se muito a dever ao trabalho da Associação Cultural Museu Cavaquinho? 

Júlio Pereira - Desde 2013 que o objetivo da AC Museu Cavaquinho é documentar, preservar e promover a história e a prática do cavaquinho em Portugal. E assim caminhámos, publicando estudos, fazendo inventários de todo o universo que gira à volta deste instrumento, editando livros, discos e estudos, até sermos a entidade responsável pelo pedido de registo no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial que proporcionou o facto de a construção do cavaquinho ser hoje Património. 

PR - Agora que a construção do cavaquinho é Património Nacional, o processo para a candidatura da prática do cavaquinho à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade é o grande objetivo da Associação Cultural Museu do Cavaquinho? 

Júlio Pereira - Sim é. Faz parte de uma das missões desta Associação. A maioria dos portugueses não sabe que, de algum modo, estamos em dívida com vários países do mundo. E atenção… é uma enorme fatia do mundo! Países que têm também a prática das chamadas “pequenas violas” como o cavaquinho, o ukulele, o keroncong – e que até hoje insistem em atribuir a sua origem portuguesa. Já é hora de agradecermos a gentileza. Como? Lembrando as palavras sábias do nosso eterno Eduardo Lourenço: “… Num País em que o povo parece continuar a esconder dele próprio a situação de sujeito histórico…” resta perder o medo e mostrar ao mundo o que somos, o que temos e o que fazemos com o nosso cavaquinho.

VAIAPRAIA | Culpa Trauma Vergonha

Vaiapraia publica, em exclusivo no Bandcamp, um novo EP. Culpa Trauma Vergonha tem 4 canções e 10 clipes de áudio anónimos. 

"Escrevi, gravei e misturei-o em casa este Junho. A segunda malha é do Brontez Purnell e vem diretamente do meu duche. Foi a canção que abre o EP que me empurrou pra uma reflexão inesperada sobre a culpa e o quanto a culpa impactou a minha/nossa vida. Depois disso, pedi a várias pessoas próximas que me enviassem áudios em que falassem sobre as suas primeiras memórias do sentimento de culpa, e isto virou meio conceptual."

BEATRIZ CAIXINHA | Merenda Mista

A cantora e compositora Beatriz Caixinha acaba de editar o novo EP “Merenda Mista”, já disponível em todas as plataformas digitais. O segundo EP da artista foi produzido por Agir e chega com o selo da Warner Music Portugal. 

Queria que este EP fosse muito português e, na minha opinião, não há nada mais “tuga” do que uma merenda mista numa tasca ao fim da tarde. Então, fez-me todo o sentido que essa fosse a metáfora que representasse este projeto e a ideia é um pouco essa: sermos todos queijo e fiambre por dentro, sermos todos mistos, no fundo”, conta Beatriz Caixinha. 

Este EP representa a dualidade sobre quem sou e isto é a coisa mais honesta que eu posso dizer sobre o “Merenda Mista”, porque sou assim, 8 ou 80, tenho muita dificuldade em encontrar um intermédio e cada vez mais sinto que talvez não esteja assim tão sozinha neste aspeto”, confessa ainda. 

"Merenda Mista" foi coordenado pelo Queer Art Lab - um espaço que se dedica à experimentação, criação, mostra de arte e intervenção na comunidade LGBTQIA+ - e produzido por Agir na Real Caviar. O EP inclui os temas "A Coisa Vai Andando" e "Contas Para Pagar", ambos com letra e música da autoria da cantora e acompanhados por visuais com conceito de Beatriz Caixinha e realização de Ian Chande.

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