"sempre na contra corrente em relação às tendências dominantes no meio musicl português, a Banda do Casaco criou entro dele, uma estética completamente à argem e, durante décadas, sem descendêcia directa. Em plena época da explosão das ideologias de esquerda e do regresso festivo dos cantores de resistência, Nuno Rodrigues e António Pinho, principais mentores e estrategos do projecto, assumiram um movimento conrário, apontando no presente as lições de tradição e enunciando para a música popular portugesa uma moderndade sem profetas sem bandeiras. Em "Coisas do Arco da Velha" sente-se a pulsação sincronizada de dois tempos, o que permitiu à música portuguesa enquadrar-se em novas formas de fazer e de dizer.
"Canto de Amor e Trabalho" e "É Trite não saber Ler" são magistrais paradigmas do que significa saber interpretar segundo as regras, novas, de uma outra MPP, elaborada na compreensão de que a evolução e a força de um protesto têm raízes mais profundas do que as de um manifesto ou punho erguido. Um disco sem idade." Fernando Magalhães In "Os Melhores Álbuns da Música Popular Portuguesa"
Alinhamento do disco:
01 Morgadinha dos Canabiais
02 Ai mê André
03 Romance de Branca-Flor
04 Rigolindo
05 Olá Margarida
06 Canto de Amor e trabalho
07 É Triste não saber ler
08 Virgulino faz o pino
09 A mulher do Regedor
10 Era uma vez uma velha
11 Cantigas d`embalar avozinhas
Edição: Philips, 1976
Reedição em CD, Polygram, 1994
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