18/05/2011

DISCURSO DIRETO | Frankie Chavez



"Family Tree", o novíssimo trabalho de Frankie Chavez, "espelha" o estado de espírito dos últimos da vida deste músico. O Portugal Rebelde esteve à conversa com Frankie Chavez, que em Discurso Direto fala do sentimento de "Family Tree".

Portugal Rebelde - Antes de mais, porquê “Family Tree”?

Frankie Chavez - Family Tree é o nome que consegue resumir o meu estado de espírito dos últimos dois anos da minha vida. Ao longo deste período de tempo aconteceram coisas na minha vida que me marcaram bastante. O nascimento do meu filho, ter mudado de casa, ter casado. Foram coisas que me marcaram a nível pessoal e isso repercute-se na minha música. Foi uma altura de balanço da minha vida, em que determinados papeis foram avaliados e o nome ideal para congregar este sentimento é "Family Tree". 

PR - Antes da edição de “Family Tree”, Saiu um EP com selo da Optimus Discos e fizeste parte da edição Novos Talentos Fnac 2010. De alguma forma , foram estes os registos que mudaram a tua vida?

FC - Foram registos que foram bastante importantes na minha vida pois foram marcos a nível criativo e profissional. Se me mudaram a vida… talvez tenham mudado, pois abriram-me portas e levaram-me a conhecer pessoas que foram importantes para conseguir conseguir fazer o que quero - que é gravar discos.

PR - Numa frase apenas - ou duas - como caracterizarias este "Family Tree"?

FC - Um balanço na minha vida pessoal entre o que foi e o que está para vir. Uma maneira de espelhar a minha vida em formato de canções.

PR - Depois do disco, vamos ter oportunidade de ouvir este disco nos palcos? 

FC - Claro que sim. Alguns temas já têm sido tocado ao vivo e estou agora a preparar os concertos para oeste próximo ano onde a maior parte dos temas de "Family Tree" estarão presentes.

PR - Um dos convidados de “Family Tree” é Emmy Curl. Como é que surgiu esta oportunidade?

FC - Eu ouvi e vi a Emmy Cur tocar no Sintra Misty Festival (onde também actuei) e fiquei impressionado com a voz dela. Conhecia já o seu trabalho da colectânea Novos Talentos Fnac 2010 e gostava bastante mas nunca a tinha visto ao vivo. Superou qualquer expectativa. Em conversa no backstage pensámos que seria engraçado fazermos qualquer coisa juntos. Enquanto estava a preparar o álbum lembrei-me que o tema “Hey” de Pixies (que já estava a pensar em trazer para o Family Tree) seria o tema ideal para uma participação.  

PR - Começaste a tocar desde muito cedo. Queres contar-nos como nasceu esse gosto por música?

FC - Comecei a tocar com 9 anos. Na altura tive aulas de guitarra clássica. Logo desde cedo tive a necessidade de estar constantemente a aprender o que ouvia outros guitarristas fazerem. Comecei a interessar-me bastante e houve uma altura em que percebi que gostava do som que conseguia tirar da guitarra. Esse foi o ponto de viragem. Daí para a frente foi tentar chegar mais além em termos técnicos mas sempre a tocar o que gostava.        

PR - Para terminar, consideras-te um músico de “one man band”?

FC - É verdade que tem sido o formato em que tenho tocado mas estou a preparar um act para este ano com um baterista. Não direi que são todos os concertos mas serão todos aqueles em que sentir que um baterista poderá acrescentar valor (e haja disponibilidade da parte dele). Acredito muito num formato de guitarra e voz. Mas também acredito na partilha entre músicos, especialmente num formato ao vivo. É ao vivo que se defende uma ideia e é quando há uma maior entrega. Gosto muito do estúdio mas ao vivo é que pode acontecer a vibração mutua, entre o musico e o ouvinte. E quando isso acontece... acontece magia.   

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