A História dos blues está feita de encruzilhadas e os Nobody's Bizness encontraram também algumas no seu percurso.
Ao fim de alguns anos a cantar e a tocar as canções dos bluesmen que mais amam e admiram, as questões que os Nobody's Bizness encontraram na sua encruzilhada pessoal não foram tão dramáticas nem tão românticas ou bizarras quanto algumas dos grandes nomes do Blues como John Lee Hooker, B.B. King ou Muddy Waters, entre outros, mas foram, mesmo assim, difíceis de resolver.
Depois de, em 2005, terem editado um álbum ao vivo gravado na Capela da Misericórdia, em Sines, onde interpretavam temas de Robert Johnson, Willie Dixon ou Lonnie Chatmon, os Nobody's Bizness têm agora um álbum em que seis das doze canções têm assinatura do grupo (com a preciosa ajuda de João MacDonald nas letras de uma delas).
Nos seus originais estão toda a paixão e
ensinamentos que sempre retiraram dos blues, mas também o amor que têm
pela country, pelo bluegrass, pela folk norte-americana (ou por um
eventual eixo canadiano que une Leonard Cohen, Neil Young e Joni
Mitchell), pelo jazz e por uma visão aberta das músicas do mundo.
E, ao
lado de várias versões de Willie Dixon (ainda e sempre) ou William
Broonzy, aqui estão meia dúzia de originais que põem desde já os
Nobody's Bizness num elevadíssimo patamar criativo.
Se o seu primeiro álbum circulou por um grupo restrito de fãs fiéis e habituais, os Nobody's Bizness são agora "everybody's bizness", para ouvir de ouvidos limpos e alma aberta.
07 de Maio - Maus Hábitos, Porto (23.00h)
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