16/05/2011

PESTE & SIDA | Discurso Direto



No ano em que os Peste & Sida comemoram 25 anos de carreira, chega às lojas o sétimo álbum da banda - "Não há Crise". O Portugal Rebelde esteve à conversa com João San Payo, que em Discurso Direto fala do mais recente trabalho dos Peste & Sida.

Portugal Rebelde - Depois de “Cai no Real” (2007) os Peste & Sida estão de volta às edições com “Não há Crise”, um disco onde não falta a crítica mordaz e o apelo de sempre à folia e à alegria. É esta a “receita” para a longevidade dos Peste & Sida?

João San Payo - São condimentos indispensáveis. A crítica mordaz e o apelo à folia são características que estão presentes desde o “Veneno” ao “Cai no Real” e que fizemos questão em manter neste novo “Não Há Crise”.

PR - “Já Foste” é o primeiro single deste álbum e o cartão-de-visita para esta nova etapa dos Peste & Sida. De que é que nos fala este tema?

João San Payo - “Já Foste” ironiza quem se preocupam apenas com as aparências, quem se preocupa mais com a forma em detrimento do conteúdo e goza com os que são capazes de tudo para ter mais do que o vizinho do lado sem se aperceberem que não é por isso que deixam de ser uns pobres de espírito.

PR - Numa frase apenas - ou duas - como caracterizaria este "Não há Crise"?

João San Payo - “Não há Crise” é o 7º álbum dos Peste & Sida e reflecte duma forma pura, verdadeira e honesta aquilo que os Peste & Sida são actualmente, o que se propõem a fazer e porque é que ao fim destes 25 anos continua a haver uma legião de fãs fiel que nos motiva a rockar e justifica a nossa continuidade. 

PR - No passado dia 7 de Maio apresentaram no Santiago Alquimista, em Lisboa este novo trabalho. Como é que o público reagiu às novas canções dos Peste & Sida?

João San Payo - Este concerto de apresentação foi a maneira mais justa de retribuir aos amigos que se envolveram na produção do “Não Há Crise”. Tínhamos para com eles e para com os nossos fãs mais chegado uma enorme divida de gratidão. E todos responderam à chamada, mais uma vez a grande família Peste & Sida voltou a reunir-se para fazer a festa e para cantar as faixas novas e os velhos clássicos.

PR - Os Peste & Sida, comemoram este ano 25 anos de carreira. A celebração desta data vai ficar marcada com a edição de um livro comemorativo e de um disco-tributo. Queres falar-nos um pouco mais sobre estas edições?

João San Payo - Ainda é cedo para levantar o véu. Será algo a concretizar depois do Verão. O livro está muito engraçado. Os autores são o Augusto e o Renato (que já fizeram o de Censurados à uns anos). Eles fizeram um verdadeiro trabalho de investigação, recolheram inúmeros depoimentos de pessoas que de uma forma ou de outra estiveram ligados aos Peste & Sida (músicos, managers, técnicos, jornalistas fotógrafos, etc.) O disco-tributo nasceu do desafio que nós fizemos às bandas nacionais para nos enviarem as suas versões de músicas dos Peste & Sida. Já há para cima de 15 propostas muito porreiras!

PR - Que balanço fazes destes 25 anos de carreira dos Peste & Sida?

João San Payo - Positivo! Se assim não fosse não valia a pena continuar. 

PR - Para terminar, “Não há Crise”, que abale o espírito de perseverança e atitude arrojada dos Peste & Sida?

João San Payo - Houve momentos difíceis, situações complicadas de superar. Mas penso que cada vez que conseguimos contornar os problemas com que nos deparamos acabamos por sair mais fortes e determinados. Temos tido a sorte de encontrar substitutos à altura para preencher o espaço deixado pelos elementos que decidem deixar a banda por uma ou outra razão. E quando isso acontece dá-se sempre uma renovação e a banda acaba por sair mais forte.

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