"Periplus", significando circum-navegação, refere-se às antigas viagens no Mediterrâneo
e para lá dele, no oceano Atlântico e Índico. Foi o termo escolhido
para uma viagem musical luso-grega de Amélia Muge com Michales
Loukovikas, denominada: "Periplus, deambulações luso-gregas".
Esta
viagem vai ser apresentada, em estreia, no âmbito da Guimarães Capital
Europeia da Cultura, no dia 22 de Fevereiro no Centro Cultural Vila
Flor, em Guimarães, e no dia 25 de Fevereiro na Culturgest, em Lisboa. O
CD com o mesmo nome estará á venda nas lojas a partir do dia 20 de Fevereiro.
Trabalhando
principalmente on-line via internet, os dois músicos e compositores
criaram em conjunto ou separadamente temas originais (onde Amélia Muge
também assina grande parte dos textos), retrabalharam excertos de música
grega antiga e músicas tradicionais de ambos os países, criaram também
diálogos entre poetas ou entre o fadoe o rebético, abrangendo ainda outros géneros que articulam com as nossas culturas: a morna e as escalas pentatónicas africanas, o flamenco ou a oriental improvisação vocal do mané.
Participam
quer no disco quer nos concertos alguns dos melhores músicos de ambos
os países, como Filipe Raposo, Manos Achalinotopoulos, José Salgueiro,
Harris Lambrakis, António Quintino, Kyriakos Gouventas ou Ricardo
Parreira, e convidados especiais como a escritora Hélia Correia, a
cantora grega Eleni Tsaligopoulou, e Outra Voz, coro
vimaranense criado no âmbito de Guimarães 2012 Capital Europeia da
Cultura, que participam também nos concertos. O resultado é único, pois
nenhum grupo composto apenas por músicos de um dos países produziria
este som.
"Périplus"
não é um cruzeiro. É uma viagem no espaço e no tempo, num esforço de
revisitar portos onde antigos marinheiros ancoraram. Uma evocação também
da história europeia onde Portugal começou bem antes do Al-Andalus, no
tempo de Ulisses e do Olissipo.
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