No passado dia 15 de Setembro realizou-se no Coliseu do Porto a 1ª edição do Festival Vicious Hip Hop. O Portugal Rebelde esteve presente e conta-lhe agora as emoções deste Festival.
Após muito esforço e trabalho, o Hip Hop nacional esteve em destaque no Coliseu do Porto, uma sala mítica, rica em história a nivel nacional e internacional, uma sala por onde já passaram muitos e grandiosos artistas de todo o mundo.
Por volta das 19.00h, as portas do Coliseu foram-se abrindo lentamente; com algum público a entrar para conhecer um pouco a sala e "guardar" o seu sítio, outros ficavam-se pela porta relaxando e convivendo... Muitos ainda chegaram a tempo para comprar seus bilhetes.
Ia-se falando sobre o evento, sentia-se a ansiedade por parte do público, despertava a curiosidade até porque sala já estava a aquecer ao som de uns "beats" e alguma música dentro do género Hip Hop.
D-Mars da banda Micro, veio até á entrada cumprimentar o público e deixar um presente para alguns, entregando mão a mão o trabalho de sua banda "Irmandade", álbum de originais que conta com a participação de Fuse (Dealema) e de Ridiculo (Mundo Complexo).
Passavam das 20.00h quando Deau subiu ao palco cheio de energia e confiança. Apenas com o seu primeiro álbum de originais, "Retissências", deu um salto enorme que ninguém esperava e já está em pé em cima do Palco do Coliseu. Seu valor é reconhecido e merecido, uma vez que lutou e trabalhou arduamente para aqui chegar.
Quanto ao público, já se notava uma forte vibração, cerca de 150 pessoas mas ainda era o início e ainda estava a aquecer, iam entrando a cada minuto que passava, ao som de "Fala-barato". Deau focou-se mais na apresentação de temas do seu álbum, aguardando que a sala se enche-se ainda mais.
Como era de prever, o artista não deixou de cantar o seu clássico, que por assim dizer, foi a rampa de lançamento, a "Lamento", da mixtape "Ilegal Promo- vol.III" de qual foi convidado pelo Supremo G.
Em seguida, Deau trouxe para o palco a sua "Princesa" (a irmã mais nova do artista, Teresa) elevando-a para os seus ombros e cantando a musica "Teresinha", mostrando ao publico o seu amor e afecto pela irmã, momento que tocou claramente todoo público presente
Para terminar o seu Set, ainda fez questão de trazer para o palco o grupo de Vila Nova de Gaia, marcando assim como momento épico de Deau, que até os outros próprios artistas referenciam e gostaram da "novidade".
De seguida subiram ao palco os Micro. Fizeram uma longa viagem de Carcavelos para puderem estar novamente no Porto, onde já foram várias vezes felizes antes de se terem reagrupado, onde fizeram amigos que ainda hoje perduram.
De imediato receberam o carinho por parte do público da Invicta e restantes artistas, a saudade era muita de ver os três novamente juntos, com aquele devido respeito. 8.50h marcava o relógio.
Cantaram temas do seu novo trabalho "Irmandade" , entre outras mais antigas, para dar a conhecer ao público, que gostou de ver o trio de sempre.
Na sala já se contava uma média de 300 pessoas, o que se fez sentir uma forte vibração quando os Micro decidiram cantar o seu mais cobiçado clássico intitulado por "Respeito", um tema que é considerado um Hino por parte dos seus fãs de Norte a Sul do país.
Quando NBC chegou ao palco do Coliseu, já eram 2140h o tempo está a passar, a voar, sinal que estava tudo no bom caminho e diversão não faltava.
Sendo ele mais um Rapper vindo do Sul, zona de Torres Vedras, diz ele próprio que "os 300km que fez não é nada para o afecto do público que vim aqui receber."
Logo após a primeira música, o artista fez questão de mostrar um vídeo sobre o massacre que a polícia Sul-africana fez aos mineiros, que estes apenas queriam trabalhar, querendo ele próprio deixar como mensagem que vivemos num mundo injusto...
NBC mostrava que a idade não importa, fazia correrias pelo palco, divertindo-se ao mesmo tempo dos fãs, levando-os a cantar e pular ao ritmo da música "Eu" retirado do álbum "Afro-disiaco".
NBC falou ainda um pouco do seu novo trabalho, "Todos podem ser tudo", abrindo desta forma o "apetite" para o novo registo.
No fim da sua actuação, pediu a Paulo Pinto, dirigente da Vicious autorização para levar para o palco 4 pessoas foram para o ajudar a cantar o tema "Maturidade".
Sam the Kid e Mundo subiram ao palco já passava das 22.35h, abrindo o Soundclash com o clássico "Que mal tem", tema que que faz parte do álbum "Sobre(tudo)". Logo de seguida tempo "A partir de agora", um tema que não deixou ninguém indiferente. Mundo deu ao publico a "SOM (Sólida Opurtunidade de Mudança)" retirada do álbum intitulado com o mesmo nome, a que os fãs responderam com entusiasmo.
Mundo e Sam The Kid, tiveram ainda tempo para um minutinho de "comédia" para animar o publico e quebrar alguma tensão que pudesse haver. Terminada a comédia, chamaram NBC mais uma vez para subir ao palco para cantarem juntos a musica "Juventude é mentalidade", passando a mensagem que nunca se é velho demais para se ser jovem.
Logo de seguida, empurraram de novo Sagal e Nel'assassin, ambos do grupo Micro, para cantarem o clássico "O ideal". Mundo fez referência em dedicar a música "Crise de Identidade" ao primeiro ministro de Portugal.
Um dos momentos mais emotivos da noite, que levou o público ao rubro, foi a dedicatória da dupla ao Rapper Snake que faleceu há dois anos, e que fazia parte dos grandes amigos de Sam The Kid. "Era uma vez", assim se chamava a canção.
Às 23.45h, foi a vez dos Dealemáticos, receberam de imediato um forte aplauso pelo reconhecimento e pelo carinho que os fãs e a banda trocam. Como retribuição, os Dealema começaram por entregar aos fãs as suas relíquias, sendo então os singles mais antigos e cobiçados. Retirado do álbum "V Império" , "escola dos 90" levantou ainda mais a moral do público.
Mas a sala ainda foi mais ao rubro, quando decidiram a banda decidiu rumar para o tema "Bófiafobia" um super clássico da banda retirado do álbum "Expresso do Submundo". Não tendo tempo para respirar, OS Dealema disparram com mais um clássico, desta vez com "A cena toda".
Antes de passarem no álbum "A Grande Tribulação", ainda passsaram em revista a música "Talento Clandestino". Porém, tiverem uns minutinhos para chamar Ana Correia, a voz que deu frutos ao single "Nada dura para sempre", para cantar juntamente com a banda. Acabando assim desta forma a actuação dos Dealema, que se despediram com um "Até Já".
O relógio marcava 1.00h, quando Mind da Gap entraram em palco para fazer a "Festa". "Não stresses" foi um dos temas escolhidos pela banda, que se registou logo de entrada um dos momentos mais altos do seu concerto.
Como a noite foi repleta de surpresas, Os Mind da Gap ainda chamaram Rey, vindo directamente da França de propósito para puder cantar no Festival Vicious Hip Hop, o tema "O Jardim", single de apresentação do álbum "Regresso ao Futuro".
"Não pára" foi o tema seguinte escolhido pela banda, passando depois para um dos clássicos da banda "Falsos Amigos". De seguida chaaram os Dealema ao palco, como velhos amigos de longa data.
Quando o público pensava, que era tudo os Mind da Gap ainda fizeram questão de trazer de novo ao palco todos os artistas, que estiveram presentes no Coliseu para cantarem o mítico "Todos gordos".
Nesta 1ª Edição do Festival Vicious Hip Hop, passaram pelo Coliseu do Porto cerca de 600 pessoas.
Texto: André Veloso
Fotos: Ana Mendes
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