Num concerto único, Mayra Andrade e a Orquestra Jazz de Matosinhos juntam-se, pela primeira vez, e levam à Casa da Música, no Porto (Sala Suggia) no próximo dia 12 de Outubro novos arranjos sobre cancões como "Odjus Fitchadu", "Storia, storia" e "Dimokransa".
A voz quente de Mayra Andrade conquistou o mundo logo ao seu primeiro álbum,
"Navega2 (2006), que lhe garantiu prestigiados prémios em vários
países.
Com um estilo próprio, centrado na música de Cabo Verde, mas com
aromas que vão do jazz à bossa nova, trouxe novas roupagens à tradição
do batuque, do funaná e da coladeira.
Este álbum, gravado em Paris, vendeu mais de 80 000 mil cópias, chegando a Disco de Ouro.
Os
aplausos para “Navega” não se manifestaram apenas nas páginas da
imprensa internacional, mas também
se traduziram em importantes prémios.
Em 2007, recebeu uma distinção da
German Record Critics e, no mesmo ano, o Ministro da Cultura de
Cabo-Verde atribuiu-lhe uma Medalha de Mérito Cultural. Em 2008, a BBC 3
a distinguiu a cantora com o prémio da artista
revelação do ano, e em Cuba recebe um Cubadisco, reconhecimento
importante do seu apelo universal.
Nos
últimos anos, Mayra tem-se apresentado em palcos tão importantes como o
Carnegie Hall, Le Casino
de Paris, Royal Albert Hall, Barbican Center, Coliseu dos Recreios de
Lisboa e do Porto, Centro Cultural de Belém, La Cigale, e é convidada
regular dos festivais mais importantes como o Central Park Summer Stage,
Printemps de Bourges, Womad Festivals, Jazz
Baltica, Expo Universal de Pekin, Festival de Jazz de Montréal. São
contextos muito diferentes, mas com aplausos unânimes.
Em 2009, com
“Stória, stória...” Mayra quis fazer um disco mais pensado e ter mais
tempo para cantar. Juntamente com Alê Siqueira e alguns grandes músicos
e parceiros que já tinham participado no seu primeiro disco, Mayra
esteve dois meses em estúdio, essencialmente entre Paris e São Paulo,
mas também no Rio de Janeiro, Salvador de Baía
e Havana.
A German Record Critics Association voltou a atribuir o seu
prémio a Mayra Andrade, distinguindo desta vez “Stória, Stória...”, o
seu segundo disco. Em 2010, é distinguida pelo Presidente da República
de Cabo-Verde com a Medalha de 1ª Classe da Ordem
do Vulcão.
No
final de 2010, Mayra regressa com um novo disco, um registo íntimo de
um concerto gravado ao vivo
nos Studios da Radio France. O título, “Studio 105”, é tão simples e
directo como a música que este novo lançamento encerra.
O trabalho em
trio acústico - sob a direcção musical de Munir Hossn - aborda com
grande liberdade algumas canções já conhecidas do
seu reportório e conta com a participação especial de Vincent Ségal
(violoncelo) e de Hugh Coltman (voz). O CD vem acompanhado de um DVD que
documenta esta aventura de despojamento e permite olhar para Mayra com
outra luz.
Criada
em 1999, a Orquestra Jazz de Matosinhos é uma das formações mais
dinâmicas do jazz português. Com o apoio da Câmara Municipal de
Matosinhos, iniciou a sua actividade
como uma orquestra de autores, divulgando as composições e arranjos dos
seus directores Pedro Guedes e Carlos Azevedo.
Mais tarde, o protocolo
estabelecido entre a Orquestra e a Casa da Música, proporcionou o
desenvolvimento de projectos diversificados em
colaboração com músicos de relevo internacional.
O carácter único da
Orquestra Jazz de Matosinhos revela-se na versatilidade que lhe permite
assumir todas estas vocações e desempenhar o papel de uma orquestra
nacional de jazz, apresentando reportórios de todas
as variantes estéticas e todas as épocas do jazz.
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