Baseado no álbum homónimo que reúne as mais importantes parcerias realizadas pelo Mestre com cantores e músicos seus amigos, “Entre Amigos” é o espectáculo que assinala o regresso de António Chainho a Braga a 7 de Dezembro (21.30h).
“Entre Amigos”, que na circunstância conta com a presença de Tiago Oliveira (viola), Ciro Bertini (baixo acústico e acordeão), Ruca Rebordão (percussão), Ana Vieira, Filipa Pais e Marta Dias (voz), pretende tornar-se num encontro de amigos que António Chainho foi musicalmente cultivando no tempo, mas também um momento de “amizade” que se espera entre ele, os seus convidados e o público tão diverso que o tem acompanhado a si e à sua “guitarra” ao longo de uma carreira de quase 50 anos.
Recentemente distinguido com o Prémio Prestígio pela Fundação Amália, para além de «exímio executante», Chainho é considerado pelo júri do Prémio em questão um embaixador da guitarra portuguesa que «tem levado o nosso instrumento a todo o planeta, procurando em cada local onde actua maneiras de fundir linguagens musicais».
«De Goa ao Brasil e de volta a Portugal, Chaínho permanece um pioneiro e um jovem inquieto, como o prova o seu disco e espectáculo recente onde está reunido por vários amigos e admiradores, como Adriana Calcanhotto, Camané, Fernando Alvim, Rão Kyao, Ana Sofia Varela, Marta Dias, Filipa Pais, Isabel Noronha e Ana Vieira», acrescenta o júri.
Alentejano de origem, cedo António Chainho elegeu as doze cordas da guitarra portuguesa como seu destinoo. Inspirado em mestres como Armandinho, estreia-se na casa de fados A Severa, em meados dos anos sessenta, a que se seguiram actuações n’O Faia, n’O Folclore e no Picadeiro, de que aliás seria proprietário e onde foi dando azo ao seu amor pela guitarra portuguesa, acabando por formar o seu próprio conjunto de guitarras.
Mas é quando acompanha Maria Teresa de Noronha, Lucília do Carmo, Carlos do Carmo, Francisco José, Tony de Matos, António Mourão, Frei Hermano da Câmara ou Hermínia Silva que Mestre Chainho começa a deixar marcas na história da guitarra portuguesa.
Contudo, o orgulho na sonoridade da guitarra portuguesa leva-o a inverter possições e Chainho decide fazer incidir os holofotes, que até então recaíam sobre o canto, no dedilhar daquele que considera «um dos mais brilhantes instrumentos porugueses».
Com o início de uma carreira a solo, António Chainho parte para palcos internacionais que, em algumas ocasiões, divide com nomes como Paço de Lucia ou John Williams e avança com o lançamento de uma discografia em nome próprio.
Entretanto convidado para acompanhar alguns dos maiores nomes de vários géneros musicais da actualidade, António Chainho tem vindo a manter-se fiel ao propósito de divulgar a guitarra portuguesa no mundo ao mesmo tempo que, em Portugal, se assume como mentor de um projecto que acalentou durante doze anos – a Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa.
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