Brito Ventura advogado criminal de profissão surpreende ao revelar publicamente este seu lado intimista, onde a causa a defender, passa a ser a de um amor perdido, onde não existem culpas nem culpados, apenas, o silêncio da guitarra que insiste, que não é sozinho que o melhor caminho deve ser traçado.
Assim, numa melodia sincera e sentida, Brito Ventura, deixa o som dessa mesma guitarra, confundir-se com a sua voz rouca e com vista a deixar um legado às suas filhas, se deixa levar pelo sonho, não de ser artista, mas de fazer da música que o habita, a banda sonora de uma história original. Missão cumprida. Com entrada direta para tema da novela Destinos Cruzados da TVI, “Até Sempre” leva até si a mensagem de um amor perdido, mas sobejamente encontrado e sobretudo vivido.
A ideia de Brito Ventura criar uma banda, surge de um encontro de amigos. Eles Os Desalinhados, artistas e músicos profissionais. Ele, o homem do fato e da gravata. Extremamente racional e pragmático nas suas considerações e criações musicais, mas também radical e emocional nos pensamentos.
E se muitos pensam que não devemos passar por esta vida sem “escrever um livro”, ou “plantar uma árvore”, Brito Ventura sentiu que o seu legado tinha de ser diferente. E por isso, decidiu gravar um disco.
E assim nasceu este “Até Sempre”, uma frase de despedida proferida com verdade. Uma verdade nua e crua, que alerta o mundo, em sinal de solidão.
Ouvi-la é como assinalar o momento de parar. O momento de parar para pensar. Pensar no porquê de as coisas acontecerem - ou desacontecerem - e também no momento, em que assumimos que há coisas na vida, que podem acabar, mas que nunca vão deixar de existir.
“Até sempre”…
Não. Não é uma despedida, é um novo começo!
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