27/10/2015

MARIA MENDES | "Innocentia"


Este Outono, Maria Mendes está de regresso com o segundo álbum “Innocentia”. Este é um disco recheado de escolhas sofisticadas nas adaptações de clássicos do Jazz – um exemplo é a conhecida lullabye de Charlie Chaplin “Smile” (que dá o mote de abertura ao Innocentia) aqui revisitada com uma emoção sublime num diálogo cristalino entre a voz e o piano – bem como nas inconvencionais adaptações de obras de música clássica – uma das escolhas é a requintada ária de ópera “Cantilena” do brasileiro Heitor Vila Lobos que surpreendentemente ganha um balanço exótico e hipnotizante ao som do clarinete e da voz. 

A surpresa no "Innocentia" surge com um par de composições originais da cantora/autora, nas quais expressa o que inocência, nostalgia e fragilidade significam na sua vida e na forma como percepciona o mundo actual. Maria partilha: “sinto que há uma vulnerabilidade impressa na inocência humana que é muito mais adulta do que ‘criança’. 

Quis aprofundar essa realidade no sentimento e emoção musical neste disco, apropriando-me de escolhas que pudessem expressar essa mesma vulnerabilidade de forma pura e bela, sem tristeza e drama, mas sim profunda! Bebi muito da poesia da Florbela Espanca e do escritor/músico Chico Buarque e retive muita informação musical do Vlla Lobos, Michael Legrand, Wayne Shorter, Pat Metheny.e também nas músicas orquestradas da Disney dos anos 40s e 50s.” O resultado é uma escolha incomum por canções que não se esperam num disco de jazz!

O ciclo da viagem musical do "Innocentia" encerra com o famoso “Fragile” do Sting numa adaptação deliciosamente surpreendente e comovente.

Agenda:

06 de Novembro - Centro Cultural de Belém, Lisboa

07 de Novembro - Casa da Música, Porto


Sem comentários:

/>