BRG Collective #1 é a iniciativa que terá lugar no Theatro Circo, entre os dias 30 de Setembro e 1 de Outubro, onde juntará artistas bracarenses e residentes em Braga para a celebração e exposição das novas artes digitais.
É já conhecida a candidatura da cidade de Braga às Cidades Criativas da UNESCO na área das media arts, mas para entendermos melhor o conceito, devemos dizer que o mesmo está diretamente relacionado com o processo de criação de uma obra de arte acompanhada das novas tecnologias, onde estão incluídas as artes visuais, a arte interativa, os vídeo-jogos, a robótica, a arte digital e a animação, entre outros. Em grande parte dos casos a dita arte contemporânea repousa nesta forma de criação.
Por detrás desta criação está o coletivo BRG Collective que premeia a exploração sonora, visual e a arte digital. São eles António Rafael (música), Joana Gama (música), João Martinho Moura (arte digital), Luís Fernandes (música), Manuel Correia (fotografia) e Miguel Pedro (música), muitas vezes colaborando entre si e com outros convidados. Iniciaram a sua atividade em 2014 com concertos e exposições em Nova Iorque, no Rio de Janeiro e em Praia, Cabo Verde.
Na sexta e no sábado, Braga torna-se na capital nacional da arte vanguardista sempre com os olhos na possibilidade de se tornar parte da grande teia artística (e não só) que as Creative Cities da UNESCO representam.
No dia 30, sexta, a sala principal irá acolher os projetos nan:collider (21h30), brg05072016 (22h15) e Palmer Eldritch (23h00).
Nan:collider é o projeto de colaboração entre o músico António Rafael (músico de Mão Morta) e o artista visual João Martinho Moura onde irão ser explorados ambientes visuais e sonoros a partir de resultados de investigações científicas.
O projeto brg05072016, junta a pianista Joana Gama e o fotógrafo Manuel Correia na exploração musical de um retrato sonoro de um espaço de Braga, no dia 6 de Julho de 2016, parte integrante da peça de Tiago Cutileiro – For E-Bowed Piano, Melódica and Field Recording.
Palmer Eldritch é o alter-ego do duo Luís Fernandes (peixe:Avião) e Miguel Pedro (Mão Morta) onde procuram aqui explorar a música eletrónica através do recurso a texturas microscópicas e sintetizadores com ambientes de outras galáxias.
No dia 1 de outubro, a sala principal do Theatro Circo estará entregue a dois projetos – All flesh is grass (21h30) e Landforms (22h30).
All flesh is grass é o primeiro projeto eletrónico do músico Miguel Pedro, com inspiração em Douglas Hofstadter, partindo do conceito de “strange loop”, utilizando polirritmias, misturando compassos e ciclos temporais rítmicos.
Landforms é o mais recente projeto de Luís Fernandes que em 2016 editou dois discos, Decay e Slightly Edited Generative Music and Feedback Loops, baseados em técnicas de composição com sintetizadores modulares.
Perante tamanha oferta cultural, o Theatro Circo tornar-se-á numa nave artística onde todo e qualquer espaço será transformado e utilizado para a revelação dos projetos deste coletivo para além das performances musicais que habitarão a sala principal.
Os trabalhos permanentes que decorrerão também entre o dia 30 de setembro e 01 outubro, entre as 14.30h-18.30h, serão de entrada livre, ocupando várias salas do Theatro Circo, figurando alguns trabalhos como o de Manuel Correia - Por outro lado a sombra dita a luz – uma exposição de fotografia e instalação de vídeo a ter lugar no Salão Nobre. Também irão ser apresentados os trabalhos de Miguel Ogoshi – In transit on television, tuned to a dead channel - instalação apresentada na Sala Fumo do piso 0, a instalação de Rui Dias – My Jazz Band – na Sala de Fumo do piso 2 e para terminar a projeção de filmes e exposição de trabalhos pelo IPCA (entidade convidada) no pequeno auditório.
Bilhetes diários a 2€ e bilhetes a 3€ para os dois dias, disponíveis em www.theatrocirco.bol.pt, na bilheteira do Theatro Circo, lojas Fnac e estações CTT aderentes.
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