A respiração de Marco Luz sente-se nas suas composições. É ela que acompanha os dedos, à guitarra, numa orgânica surpreendente. Ao passar, de forma subtil, entre o acústico e a electricidade, deixando transparecer a crueza do momento ou complexificando os ambientes sonoros, a sua música toca-nos a pele e entra-nos directamente nos pulmões, para que respiremos com ele.
O seu disco de estreia "Cores" (2015), mostrou um músico que compõe e grava sem pressas, colocando em cada tema as medidas exactas de despojamento e virtuosismo. Agora regressa com "Mãos Pincel", onde explora e leva mais longe a dualidade entre a riqueza tímbrica de uma guitarra acústica barítono e o processamento de efeitos digitais.
O concerto de apresentação do disco, em Lisboa, será dia 20 de Janeiro, no Teatro do Bairro.
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