Rui Massena, sem dúvida o artista de música clássica que em Portugal se tornou numa das maiores referências, atuais, no universo da música popular, está de volta com o seu terceiro álbum, intitulado “III”, um disco que é, nas palavras do seu autor, “um disco de grande avanço para mim”, “um resumo do que fiz até agora em palco”.
O álbum já está disponível em regime pré-venda nas lojas Fnac e no iTunes. Acaba também de ser anunciado que o músico irá apresentar as novas composições deste “III” ao vivo no Coliseu do Porto, a 1 de Fevereiro do próximo ano.
“III” foi produzido pelo próprio Rui Massena e pelo cúmplice Mário Barreiros, tendo sido gravado em duas cidades.
Em Berlim, Rui Massena trabalhou com o produtor e técnico de captação e mistura Tobias Lehman, vencedor de dois Grammy e veterano da editora Deutsche Grammophon. “A ideia foi escolher um estúdio com grande acústica, com um piano que está constantemente em uso, como um carro de fórmula 1 que está sempre a ser afinado”, no caso um Steinway usado habitualmente pela Filarmónica de Berlim.
No Porto, as gravações decorreram com a Band de cinco elementos que tem acompanhado Rui Massena em palco ao longo dos últimos doze meses. “Mas esta não é a Band que se ouviu em palco”, explica o maestro. “Em palco, a Band era um projecto muito mais de ruptura, enquanto neste disco procurei encontrar um certo equilíbrio entre coisas que aprecio muito, juntar à minha formação clássica algo do som electrónico que se faz hoje em dia. Procurei manter a emotividade do meu segundo álbum e acrescentar um processo de fusão, electrónica e acústica. Abordei uma linguagem que desconhecia até pegar nela desta maneira e a organizar”.
No essencial, “III” é, contudo, um disco inconfundivelmente de Rui Massena. “Continua a ser a minha música: promove a tranquilidade que eu considero fundamental, com algo se quiser de terapêutico. Contém a emotividade que me faz vibrar e acrescenta-lhe um novo vocabulário, sons organizados de maneira desafiadora. O desafio com a Band foi descobrir novos sons, aumentar o meu léxico, tentando criar conjugações sonoras originais. E, no fim deste processo, reconheci para onde quero ir. “III” é um avanço na minha identidade como compositor.”
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