O homem conhece as montanhas e os oceanos, já leva décadas de exploração do espaço com sondas e telescópios, e talvez a última e mais desconhecida região de todas seja a que se esconde dentro do seu próprio cérebro.
É essa a premissa da exposição Cérebro - Mais Vasto do Que o Céu, uma criação de Greg Dunn que a partir de um poema de Emily Dickinson sugere uma visita inédita ao interior do cérebro, lugar de neurónios, palco de sinapses e de realizações extraordinárias que, de facto, fazem funcionar o mundo.
Esta exposição conta com banda sonora especial criada por Rodrigo Leão. O compositor português trabalhou de perto com o autor e curador da exposição para criar um conjunto de peças que ilustram musicalmente uma série de “movimentos” importantes da atividade cerebral, tal como se pode entender em títulos como “Ondas”, “Sinapse”, “Esquecimento”, “A Consciência”, “Fluxo” ou, entre outros, “Tálamo”.
Trata-se de um conjunto de composições “cuja sonoridade remete para a vastidão, a quietude e a reflexão”, como cuida de referir Rui Oliveira, o Comissário da Exposição.
Com a participação de Pedro Oliveira (guitarras), João Eleutério (sintetizadores, baixo, guitarras e percussão), Luís Fernandes (sintetizadores e piano), Rodrigo Leão (ele mesmo responsável por sintetizadores e guitarras) guia esta música por territórios fascinantes, procurando traduzir, com pulsares e texturas, melodias e harmonias, sons e efeitos, aquilo que se imagina que o cérebro possa albergar.
O álbum resultante desta parceria foi gravado e masterizado nos estúdios Atlântico Blue e foi tornado possível mediante uma parceria da Uguru com a Fundação Calouste Gulbenkian e o ISPA. Estará disponível uma edição física no âmbito da exposição bem como em futuros concertos de Rodrigo Leão. O disco terá igualmente distribuição nas mais relevantes plataformas digitais de streaming.
Rodrigo Leão está neste momento a trabalhar no seu novo álbum de originais que terá edição no outono deste ano.
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