10/09/2020

LAVOISIER CONVIDAM LENDA DA MÚSICA ANGOLANA VUM VUM PARA CONCERTO NA CASA DO CAPITÃO


Lavoisier convidam lenda da música angolana para concerto de encerramento de verão. Vum Vum, nome histórico da música angolana, terá participação especial no concerto do próximo domingo (13 de Setembro), na Casa do Capitão, em Lisboa, onde Patrícia Relvas e Roberto Afonso vão passar em revista canções da sua já considerável carreira. 

Quando em abril de 2019 os Lavoisier se juntaram em palco com o músico angolano Vum Vum, estávamos certos que esse era um momento único e irrepetível. O convite partia de uma homenagem evocativa a “Blackground”, obra de culto na história dos também angolanos Duo Ouro Negro, reeditada nesse mesmo ano pela Armoniz, a mesma editora que carimba o selo de “Miguel Torga por Lavoisier: Viagem a um Reino Maravilhoso”, o mais recente disco do duo formado por Patrícia Relvas (voz) e Roberto Afonso (guitarra), onde partem da poesia do escritor transmontano para uma ode à Natureza e à literatura portuguesa. 

50 anos antes desse 2019, Vum Vum gravara o clássico EP "Muzangola", onde conquistaria a atenção de todos pela sua capacidade técnica vocal extraordinária, escrevendo então uma página de história no passado e que permanece até ao presente. É assente na ponte temporal entre passado, presente e futuro, que os portugueses Lavoisier apresentam um concerto de encerramento de um verão atípico e inesperado, com canções que fazem um retrato da sua já considerável carreira, composta por três longa-durações, inúmeras participações e respeitadas homenagens, como a que prestaram a José Mário Branco.

Como espelho de um ano fora do comum, quebram o previsível e voltam a convidar a lenda angolana Vum Vum para uma participação especial neste concerto e, quem sabe agora, se definitivamente irrepetível. Lenda da música angolana e figura incontornável do rock do seu país, Vum Vum começou ainda criança na música. 

Mais tarde, já em Lisboa, assinou contrato com a Valentim de Carvalho. Em 1969, edita o EP “Muzangola”, que deixa surpresos pela forma única como fundia e cantava música angolana, funk e outras sonoridades negras. Nos anos 70 escreve para os Duo Ouro Negro e grava “Eusébio Miúdo e Senhor”, tema para a banda sonora do filme dedicado ao “Pantera Negra”. 

Na segunda metade da década de 70 edita o ilustre disco “Salalé” (um autêntico culto) e “Brasil”, este juntamente com os brasileiros Os Cariocas. Posteriormente vive na Alemanha, onde edita um outro e mui bem recebido disco chamado “Muzangola”, e volta a Angola. Aos 77 anos de idade, continua a “rockar” como ninguém.

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