01/05/2024

JOSÉ AFONSO | Cantigas do Maio

Gravado em França na segunda quinzena de Outubro de 1971, o disco apontado por vários especialistas como “melhor álbum da música portuguesa de todos os tempos” é um ponto alto na carreira do artista, músico, cantor e poeta José Afonso. 

Um disco verdadeiramente inovador, “Cantigas do Maio” eleva o cruzamento de várias tradições etnomusicológicas que José Afonso teria começado a explorar em 1968 com “Cantares do Andarilho”, adicionando um elenco mais vasto de músicos e instrumentos de várias raízes, como a darbuka, o bongo berbere, as tumbas, o adufe, o tamborim brasileiro, a guimbarda, apitos de fole, e o próprio corpo: os passos no areal imortalizados em “Grandola, Vila Morena”, senha de confirmação radiofónica da própria revolução de 25 de Abril de 1974. 

Afirmar “Cantigas do Maio” como o melhor disco da música portuguesa soa a pouco: trata-se de um dos melhores discos de todos os tempos, no patamar internacional, com mais uma capa emblemática da autoria de José Santa-Bárbara.
 
Alinhamento: 

01. Senhor Arcanjo (José Afonso) 

02. Cantigas do Maio (José Afonso) 

03. Milho Verde (Trad.) 

04. Cantar Alentejano (José Afonso) 

05. Grândola, Vila Morena (José Afonso) 

06. Maio Maduro Maio (José Afonso) 

07. Ronda das Mafarricas (Quadros / Afonso) 

08. Mulher da Erva (José Afonso) 

09. Coro da Primavera (José Afonso)

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