Pensado como um ato de tragédia para compensar o facto de Tomás de Papel ser o protagonista de um corpo e consequente filme que não escolheu, o disco é um plano de fuga de si mesmo. Numa inconsequente separação deste projeto e de tudo aquilo que o artista carrega às costas, “Desconcertante Modo de Vida” é, segundo o artista, “o assassinato do ego que o fazia refém”.
Numa narrativa que poderia ser “inventada”, mas que reflete um projeto pelo qual o autor sonhou a vida toda, é possível contemplar poemas escritos na sua língua materna, as perguntas e resoluções, os conflitos e as paisagens de um autointitulado pensador que procura as respostas para ser feliz.
O disco dá assim início à sua jornada a solo, assumindo o indie rock e o pop folk, como os géneros musicais que abraçam este momento decisivo para Tomás de Papel: “Há uma parte de mim em cada música, em cada palavra sentida. A guitarra é o meu corpo e a minha voz uma arma que tenciono usar para defender tudo aquilo em que acredito”, sublinha.
“Desconcertante Modo de Vida”, foi gravado nos Blacksheep Studios pelo Francisco Dias Pereira e produzido pelo Tomás de Papel e pelos músicos que o acompanham: Carlos Bb (Keep Razor Sharp) na bateria, Luís Judícibus e Francisco Dias Pereira (Them Flying Monkeys) no baixo, teclas e guitarra. Já se encontra disponível em todas as plataformas digitais.
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