25/03/2025

CRISTINA BRANCO INICIA DIGRESSÃO POR PAÍSES BAIXOS E BÉLGICA A 4 DE ABRIL

Cristina Branco dá continuidade à digressão europeia iniciada em Istambul em fevereiro, desta feita com uma série de espetáculos nos Países Baixos e na Bélgica. São doze concertos em quinze dias, interpretando as canções de "Mãe" – o seu mais recente trabalho discográfico –, sempre acompanhada em palco pelos músicos Bernardo Couto (guitarra portuguesa), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Luís Figueiredo (piano). 

«Há um pequeno mundo meu que nasce nos, e dos, Países Baixos, na verdade uma grande porção do meu pequeno mundo. Foi lá que me fiz mulher/cantora e é a esse país que volto sistematicamente desde há mais de 20 anos, num percurso só interrompido nos obscuros anos de pandemia. E há uma determinação artística e profissional que, sei-o hoje, é de lá que vem, de tudo o que ali nasceu para mim. Por isso estou feliz, ou melhor, estou imensamente feliz e ansiosa por voltar [...]» (Cristina Branco)

MARGARIDA CAMPELO | Brasil Tour 25

24/03/2025

MEMÓRIA DE PEIXE APRESENTA O ÁLBUM III NO PODCAST 33 ROTAÇÕES

Já está disponível para audição o novo episódio do Podcast 33 Rotações. Miguel Nicolau dos Memória de Peixe apresenta o álbum III.
 

23/03/2025

INDIA MALHOA APRESENTA "RAZÃO" O PRIMEIRO SINGLE DO SEU ÁLBUM DE ESTREIA

A espera terminou. Depois de um período de descoberta e construção, nasce a artista pop India Malhoa. A Sony Music apresenta "Razão", o primeiro single do álbum de estreia da cantora, que será editado ainda este ano. Durante este tempo "desaparecida", India Malhoa esteve numa jornada pessoal e artística, em busca da sua verdadeira identidade musical. 

O resultado? Uma nova estrela pop: empoderada, feminina, ofuscante e envolta em mistério. "Razão" é o ponto de viragem, o momento em que India Malhoa se revela ao mundo. Com uma sonoridade moderna e uma produção arrojada, "Razão" reflete a essência de uma pop sofisticada e internacional. 

É a introdução ao universo que a artista criou para se expressar, uma estética contemporânea que alia frescura, atitude e uma presença magnética. Em estudio India contou com Jüra na composição, Filipe Survival na produção e mix e master de Charlie Beats. Já a direção criativa esteve a cargo de Du, que assumiu igualmente a realização do videoclipe. 

O lançamento de "Razão" marca o início de uma nova era na pop nacional. India Malhoa surge como uma figura disruptiva e carismática, pronta para conquistar o público com a sua autenticidade e visão artística. O single já está disponível em todas as plataformas digitais e promete ser a primeira peça de um puzzle que, aos poucos, desvenda a artista por trás do enigma.

 

JAZZY MOON | Caught In The Middle

Jazzy Moon, uma das vozes emergentes do r&b e pop alternativo, está a apresentar mais um single do disco de estreia Words Left Unspoken, lançado em novembro do ano passado: Caught in the Middle, uma obra composta pela cantautora, em conjunto com Riic Wolf, numa sessão de estúdio nos Mogno, em 2022. A artista anuncia também que vai pisar os grandes palcos enquanto banda de abertura nos concertos de 30 anos dos Blasted Mechanism, nos dias 4 de abril no Coliseu do Porto e dia 12 de Abril na Sala Tejo da MEO Arena. 

O videoclip de Caught in the Middle foi co-realizado pelo icónico guitarrista Valdjiu. A banda de Jazzy Moon conta com David Gonçalves na bateria, filho de Fred Stone, baterista dos Blasted Mechanism, reforçando a continuidade de um legado musical que atravessa gerações e que culminará nas duas datas de celebração de uma era da música alternativa. 

No novo single e segundo Jazzy, “queria captar a batalha interna entre a lógica e a emoção - a luta de amar alguém que também nos traz dor. O sentimento de estar dividido entre fazer o que a razão nos avisa e o que o coração sente – e que nos faz rotular o garantido desfecho doloroso que se antecipa como “uma possibilidade”. 

A "Caught In The Middle" reflete essa incerteza, onde cada momento que partilhamos com essa pessoa nos traz tanto conforto como conflito. É perdermo-nos na ligação, questionarmos as nossas escolhas e deixarmos por dizer o que realmente sentimos por recearmos a forma como será recebido. No fundo, a realização de que conseguimos ser o nosso pior inimigo torna claro que só com amor próprio é que conseguimos verdadeiramente ser livres - rejeitando a "pequenez" de moldes alheios que nos tentam impor – que, na realidade, nunca foram feitos para servir quem verdadeiramente somos.

 

JOÃO NÃO APRESENTA NOVO DISCO EM BRAGA

22/03/2025

TIXA LANÇA “PRESSA" O TERCEIRO SINGLE DO SEU EP DE ESTREIA

Depois de “Infeliz” e “Acordar”, TIXA regressa com “Pressa”, o terceiro single do seu EP de estreia. Disponível a partir de hoje em todas as plataformas digitais, a música chega acompanhada por um lyric video que traduz visualmente a intensidade da sua mensagem: páginas de revistas rasgadas, frases fragmentadas e palavras que correm no ecrã à velocidade do pensamento. “Pressa” não é só um estado de espírito – é um reflexo honesto da ansiedade e da pressão que sentimos quando a cabeça está sempre um passo à frente do presente. 

"Escrevi a ‘Pressa’ numa altura em que me sentia overwhelmed com tudo o que estava a acontecer na minha vida. Estava a sentir-me pressionada e ansiosa e isso estava a criar em mim imensa frustração. Não estava a conseguir viver no presente sem pensar no futuro e em todas as maneiras como a minha vida podia correr mal. Isso estava a afetar a minha criatividade e a minha capacidade de fazer música no geral.” – revela TIXA. 

Criada a partir de um beat simples em loop, a canção nasceu da necessidade de libertação. Pela primeira vez, TIXA mergulha num registo mais profundo e introspetivo, afastando-se do tom descontraído que marcou os seus temas anteriores. "Sempre fui muito ansiosa e nunca tinha explorado um lado mais profundo da escrita. Sempre me foquei em fazer som mais divertido porque é o meu tipo de cena. Mas esta música foi diferente. Foi um desafio, tive de mudar a estrutura imensas vezes até soar como queria. Mas fiquei muito feliz com o resultado final." 

O lyric video de “Pressa” acompanha esta intensidade com uma estética crua e fragmentada, onde a sobrecarga de informação visual reflete o turbilhão de pensamentos que inspiraram a letra. Cada frame é um reflexo da urgência, da inquietação e da necessidade de encontrar ordem no caos.

 

MARIANA MOREIRA | Saudades de Ter Saudades

"Saudades de Ter Saudades" surge depois de Mariana Moreira ter lançado o seu álbum de estreia "Comundidade", escrito, composto e produzido pela própria. Desse primeiro álbum, a canção ‘Não Faz Mal Nenhum’ integrou a banda sonora da novela da TVI, “Rua das Flores”. 

A artista conta também com composição, em conjunto com Tiago Nogueira (Os Quatro E Meia) da canção ‘Dores de Crescimento’ interpretada por Carolina de Deus e António Zambujo. Deste percurso, a artista carrega a experiência e inicia uma nova fase com "Saudades de Ter Saudades", canção composta e produzida em conjunto com D’ay e Mateus Viana, com letra de Mariana Moreira. 

Este novo single aborda a vontade de ter a companhia do outro quando estamos decididos do que queremos para nós. “Sobretudo, fala sobre estar bem na própria companhia em primeiro lugar, e como tudo o resto naturalmente surge depois.” acrescenta a cantora. 

Com guitarras envolventes e melodias cativantes, este single traz-nos o sabor agridoce da saudade, que tão depressa desejamos não ter, como a queremos de volta pelo desejo de voltar a sentir. São as fases da vida, e o fazes, não fazes, as dicotomias e o querer mergulhar num novo capítulo mesmo que a saudade doa depois, o agora está escrito: a saudade é boa e desejada por ter com quem partilhar o que vai dentro de cada um.

 

21/03/2025

MEMÓRIA DE PEIXE | III


Está finalmente cá fora o muito aguardado terceiro longa-duração dos Memória de Peixe. “III” assinala um novo capítulo no percurso do projecto criado pelo guitarrista e produtor Miguel Nicolau, agora na companhia de Filipe Louro (baixo) e Pedro Melo Alves (bateria e eletrónica). Partindo da premissa original que funde rock, jazz e espaço para o improviso, este power trio apura a sua sensibilidade pop nos 11 temas do álbum e aposta numa forte dimensão visual e conceptual, num encontro entre sons orgânicos e eletrónicos, e imagens e narrativas que convivem em forma de canção. 

 Coesos na composição e na performance, os Memória de Peixe desafiam a distopia dos nossos dias, num apelo à paz refletido nas guitarras inovadoras de Nicolau e na secção rítmica implacável de Louro e de Melo Alves, como também nas vozes e nos sintetizadores que caracterizam o mais recente trabalho. A começar pela alvorada planante de “Good Morning” – cujo vídeo, com realização do próprio Miguel Nicolau, é um dos nomeados para Melhor Videoclipe na edição de 2025 dos Prémios PLAY – e a terminar no ensemble de câmara encantado de “Good Night”, “III” transmite mensagens luminosas num momento em que o futuro da humanidade é incerto, através de histórias de fantasia, imaginários distópicos e personagens fictícias. 

Os Memória de Peixe levam-nos então por canções épicas, melódicas e introspectivas como em “El Vuelo”, onde um pássaro voa tão alto que ultrapassa os limites da realidade, e em “The Sun Inside Your Eyes”, um instrumental que nos sugere o clímax crescente da paixão. Por outro lado, suspendem o lirismo das canções com um convite à dança e ao hip-hop jazz de “Coincidentia”, ao jazz contemporâneo, exploratório e enérgico de “03:13”, e aos ambientes noctívagos deambulantes de “Not Tonight”, por onde ecoa o saxofone de José Soares. Por fim, ainda evocam um imaginário vintage de glamour noir com temas como “Golden Fiasco” ou “Under The Sea”, este último com Norberto Lobo a assumir o papel de crooner que canta o amor. 

Para Miguel Nicolau, Filipe Louro e Pedro Melo Alves, este terceiro disco “fala sobre recomeços. É uma promessa luminosa de esperança, um convite a imaginar mundos melhores e uma maior consciência colectiva, sem nos rendermos à distopia emergente. É uma viagem de reconciliação interna, de pazes com fantasmas do passado e um mergulho nas intersecções entre mundos paralelos, mistérios quânticos e o desconhecido. Mas, acima de tudo, marca o regresso da banda ao activo.” 

 Os Memória de Peixe revelam oficialmente ao vivo as canções do seu novo disco, em Lisboa, a 16 de Abril. Depois de uma digressão que, no final do ano passado, passou por seis cidades nacionais, a banda mostra “III” na Culturgest, pelas 21h00, com um espetáculo que promete ser único. Em palco, Miguel Nicolau (guitarra e voz), Filipe Louro (baixo e voz) e Pedro Melo Alves (bateria e eletrónica) são acompanhados por Bernardo Tinoco, no saxofone alto, e João Hasselberg, nos teclados e eletrónica. Os bilhetes custam 14€ e estão à venda na Ticketline.

 

TÓ TRIPS & FAKE LATINOS | Dissidente

Senhor de uma presença discreta, mas continuamente substancial na movida musical portuguesa, Tó Trips amealha já praticamente quatro décadas de ofício à guitarra, num caso raro de resiliência benigna e constante inventividade. Uma guitarra com gente dentro, populada por memórias e vivências, dotada de um poder imagético tão vasto quanto singular, que teve em 2009, na sua estreia a solo - Guitarra 66 - o seu primeiro traço abertamente autobiográfico, a que se seguiram Guitarra Macaca (2015) e Popular Jaguar (2023). 

 Agora, Tó Trips inicia um novo capítulo na sua jornada com o lançamento de "Dissidente", editado a 5 de Março, que tem recebido os maiores elogios da crítica. Este é o seu quarto álbum em nome próprio e o primeiro gravado em quarteto com os Fake Latinos: Alexandre Frazão na bateria, António Quintino no contrabaixo e Helena Espvall no violoncelo. 

A apresentação ao vivo de "Dissidente" terá a sua estreia em Amarante, dia 29 de Março, no Cine-Teatro de Amarante, seguindo a sua viagem até Lisboa, dia 31 de Março, no Teatro Maria Matos, passando depois pelos "Sons na Fábrica" em Valongo no dia 3 de Maio e pelo Porto dia 28 de Maio, na Casa da Música, com mais datas a anunciar brevemente. 

Para Tó Trips, este novo trabalho representa "Uma mão cheia de músicas, de lugares, de histórias de vida, por vezes mais escuras, outras mais luminosas, mais rítmicas, outras mais jazzy, sempre com um pé em Lisboa e outro fora. Onde o modo de tocar guitarra do passado se encontra com o de hoje! A minha música sempre foi um poderoso meio de dissidência para mim, sendo capaz de transformar sentimentos pessoais em formas de plenitude e de protesto. Ser eu próprio no mundo com a minha música e a minha guitarra!". 

"Fiesta Triste" é o single que surge como cartão de visita do novo álbum e que conta com um videoclipe realizado por Frederico Rompante, gravado ao vivo no Centro Cultural das Caldas da Raínha.

 

CAPICUA | Um Gelado antes do Fim do Mundo

Chega hoje às lojas e às plataformas digitais o novo álbum de Capicua, “Um gelado antes do fim do mundo”. Este trabalho foi apresentado ontem à noite no Teatro Tivoli BBVA e sobe ao palco da Casa da Música já no dia 27 de Março. "Um gelado antes do fim do mundo” é um disco sobre o nosso tempo. Fala sobre a sobrevivência da poesia num mundo em colapso, sobre a nossa carência de futuro e de esperança, mas, sobretudo, sobre o encantamento, na arte e na natureza, como antídoto para tudo isso. 

Sendo um disco sobre os complexos tempos que vivemos e seus grandes desafios, é sobretudo um convite à contemplação, no sentido em que convoca o resgate, a partir da arte (em forma de música e poesia), do nosso compromisso com a humanidade. Afinal, o encantamento (que está tão presente na infância e que se erode com o tempo) é o principal remédio para o cinismo, para a falta de empatia, para a incapacidade de tecer novas utopias. 

Este disco convida-nos a limpar as lentes que o tempo foi tornando foscas, para nos deixarmos impactar, para não cedermos ao adormecimento e ao vício da dopamina rápida, para aguçarmos o espírito crítico, para renovarmos os votos com as utopias e não sucumbirmos à angústia vigente e à ansiedade da informação incessante. 

Celebrando a força insubmissa das palavras e da música, como forma de construção de novos mundos, Capicua mistura a palavra dita e cantada com o rap, mostrando-se ora combativa, ora vulnerável, mas sempre profundamente humana. Ora, esse exercício é também um acto de resistência, num mundo em que o exercício poético é tão desaconselhado, em que as máquinas ameaçam substituir-nos até no ato da criação e em que o ensaio de qualquer utopia é imediatamente esmagado pela tecnocracia vigente. 

Com a participação de Gisela João, Sopa de Pedra e Toty Sa’med, instrumentais de vários beatmakers e produção de Luís Montenegro (o grande cúmplice de Capicua na construção deste álbum), perfilam-se doze canções e cinco poemas. No meio de temas mais emocionais, há muito espaço para questões sociais, políticas e ecológicas, misturando-se registos (líricos e musicais), num disco que foi construído a partir da experimentação e do cruzamento de técnicas de composição com instrumentos analógicos, com as ferramentas da música eletrónica, sempre a partir da palavra (declamada, cantarolada e debitada em rap).

 

20/03/2025

PZ | Apocalypse Later

PZ está a celebrar 20 anos de carreira, mas não há tempo para festas - o fim do mundo continua a ser o grande tema. Desde "Anticorpos" (2005), o músico tem espalhado grooves marados, ironia fina e reflexões absurdas que, no fundo, fazem todo o sentido. Agora, com "Apocalypse Later", troca os sintetizadores pelas guitarras e deixa o seu alter-ego Joe Zé ao volante. 

O rock toma conta do recado e a eletrónica vai para o banco de trás. Se "O Fim do Mundo em Cuecas" (2024) foi um aperitivo para o colapso global, "Apocalypse Later" carrega na distorção e mostra que a desgraça pode ser compreendida por mais gente - desta vez, em inglês. É a primeira vez que PZ canta exclusivamente noutra língua, mas o sarcasmo, a crítica social e os refrões viciantes continuam intactos. 

O mundo parece cada vez mais à beira do abismo e PZ afia a ironia como arma da transparência. Entre guerras, crise climática e líderes a brincar com o caos, a humanidade está a viver um plot twist escrito por alguém sem noção. É aí que entram faixas como "Blame It On Other People", "The Shithole Countries" e "Apocalypse Later"- três temas que deitam sal na ferida de uma realidade cada vez mais distorcida. O primeiro, um hino punk-rock perfeito para uma sociedade onde a culpa é sempre dos outros e ninguém assume responsabilidades. 

O segundo, uma sátira mordaz à falta de decência e empatia de uma visão política que transforma países desfavorecidos em slogans de campanha, reduzindo vidas humanas a meras palavras de efeito corrosivo. O terceiro, um grito sarcástico que resume a atitude coletiva perante o apocalipse: "Deixa andar, lidamos com isso depois" - se ainda houver um depois. O dedo aponta-se, a culpa roda, e a instabilidade cresce - mas a música não deixa passar nada em branco.

 

CAROLINA DESLANDES REVELA NOVO SINGLE, TENTO NA LÍNGUA

Carolina Deslandes apresenta hoje "Tento na Língua" (feat. iolanda) e "Sexo Fraco", os mais recentes singles do seu aguardado novo álbum. Depois do impacto de "Eu Deixei" e "Pensar em Mim", estas são a terceira e quarta faixas a serem reveladas, consolidando o seu estatuto como uma das vozes mais influentes da música portuguesa, com uma estética musical que rompe barreiras e aponta novos caminhos para a pop nacional. 

O destaque do lançamento recai sobre "Tento na Língua", o primeiro featuring do disco, onde Carolina une forças com iolanda, uma das vozes mais promissoras da nova geração. Com uma sonoridade vanguardista que redefine o pop nacional, esta canção aborda a pressão que recai sobre as mulheres para serem sempre "boas o suficiente" e a liberdade de quem já não se molda às opiniões alheias. 

Carolina Deslandes tem sido, sem dúvida, parte do motor das novas tendências e este tema prova isso ao combinar um registo que desafia convenções com uma mensagem de empoderamento que ressoa profundamente. "Tento na Língua é o meu primeiro featuring do disco e fico estupidamente feliz que seja com uma das artistas que mais admiro. Adoro a iolanda desde a primeira vez que a ouvi, e foi tão fácil e tão bom criar isto com ela. 

É uma canção sobre fazerem-nos acreditar que estamos sempre a um passo de ser boas. Se fôssemos mais assim, menos chatas, éramos melhores. Fala sobre a mulher realizada que não se deixa abalar por opiniões alheias. E é uma junção de duas mulheres felizes que querem inspirar mais mulheres a fazerem o mesmo." (Carolina Deslandes)    

"Sou fã do trabalho da Carolina há muito tempo. É sem dúvida uma referência para mim, enquanto mulher e enquanto cantora e escritora de canções. Recebi este convite com a maior das felicidades mas com receio de não saber o que escrever, se ia espalhar-me ao comprido ou não, mas a Carolina deu-me sempre a mão no processo e aquele toque de confiança que era preciso para eu acreditar no meu valor. 

É bonito trabalhar com mulheres assim, mulheres que apoiam mulheres. E a canção fala sobre isso mesmo, sobre a união de todas nós, da força sobre-humana que existe quando nos juntamos, com um toque sarcástico que faz sempre falta quando se quer agitar as águas. A Tento na Língua é, na verdade, sobre não ter tento na língua." (iolanda)

 

19/03/2025

ROGÉRIO FRANCISCO QUARTETO | Blackbird

If Morning Could Speak” é o mais recente projeto de Rogério Francisco, que pode ser ouvido em todas as plataformas de streamong como Spotify, Apple Music, Tidal e outras. Este álbum contem 6 músicas originais e “Blackbird” é uma delas, «e esta música em particular é a minha versão da original de Paul McCartney», refere o músico. 

Rogério Francisco, natural de Leiria, é percussionista, vibrafonista de jazz, compositor e professor, atuando a nível performativo em diferentes contextos, como Rogério Francisco Quarteto.

 

ACÁCIA MAIOR & NANCY VIEIRA APRESENTAM NOVO PROJECTO NO B.LEZA, EM LISBOA

No dia 1 de Abril, o B.Leza recebe o primeiro encontro do novo projeto que junta Acácia Maior & Nancy Vieira, dando início a uma viagem musical que promete não ficar por aqui. Mais do que um concerto, esta será uma celebração viva dos 50 anos da Independência de Cabo Verde, um momento de homenagem e afirmação cultural, onde a música une gerações, entrelaça histórias e fortalece identidades. Em palco, a elegância e profundidade da voz de Nancy cruza-se com a energia criativa dos Acácia Maior, num espetáculo em trio que reflete não só a riqueza do património musical cabo-verdiano, como a profunda amizade e respeito dos artistas. 

O convite partiu de Henrique Silva e Luís Firmino, inspirado na cumplicidade artística e pessoal construída ao longo de anos, e na colaboração anterior da qual resultou Nôve Krêtxeu, tema presente no mais recente álbum de Nancy Vieira, Gente. 

O desafio agora é mais ousado: explorar temas pouco conhecidos do cancioneiro de Cabo Verde, reinterpretá-los com arranjos inovadores e relacioná-los com o repertório de ambos, sempre com a cabo-verdianidade, a independência e a soberania nacional como pano de fundo. Entre os temas escolhidos, destaca-se a nova versão de Nôve Kretxêu, composições emblemáticas de ambos, assim como canções que marcaram o movimento de libertação. 

Clássicos de Manel D’Novas, Chico Serra, Nhô Balta (Baltazar Lima Barros) e Paulino Vieira são reinterpretados, com arranjos que, respeitando a tradição, introduzem novas e refrescantes roupagens. Filha de combatentes da libertação nacional de Cabo Verde e Guiné-Bissau, Nancy Vieira cedo despertou para a música no efervescente ambiente cultural de São Vicente, onde absorveu influências diversas do fado, samba e blues, tendo na morna a sua grande inspiração. 

Desde o início da sua carreira, bebeu da generosidade dos músicos cabo-verdianos mais velhos e, hoje, vê essa mesma herança agora espelhada em dois talentosos músicos contemporâneos: Luís Firmino e Henrique Silva, os Acácia Maior. Nas suas palavras, sublinha “tive o privilégio, a sorte, a honra, de desde o primeiro disco que gravei aos 18 anos, ter veteranos da música de Cabo Verde, instrumentistas que admirava muito, que tocavam com os meus ídolos a inspirar-me para cantar mornas e coladeiras.

Vi e senti muito desses veteranos em dois rapazes de trinta anos, rapazes dos tempos de hoje, que se inspiram nesses veteranos, pioneiros da música tradicional, que na sua obra trazem sons e cores deste tempo, o tempo de Luís Firmino e Henrique Silva, sem se esquecerem daquilo que é a sua essência e a sua identidade.

Os Acácia Maior, por sua vez, representam uma nova geração de filhos da revolução. Uma dupla que se declara independente e que faz música cabo-verdiana livre de amarras. Admiradores de Nancy Vieira desde sempre, acompanharam a sua obra e inspiraram-se na sua autenticidade e trajetória. Não hesitam em afirmar que “a Nancy é uma grande inspiração para nós. Trabalhar com ela, especialmente num momento tão simbólico, é uma honra. Esta colaboração é sobre continuar a desenvolver bonitas sinergias e, acima de tudo, celebrar a amizade e o amor pela nossa música.” 

A noite abre com Sérgio Onze, uma das vozes mais cativantes do fado contemporâneo. Com um percurso que começou na infância e se refinou nas Casas de Fado de Lisboa, Sérgio Onze não canta apenas o fado - ele vive-o. A sua voz intensa e expressiva transporta o público para um universo de emoções cruas e avassaladoras.
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