"O projecto musical de Pedro Castro surgiuu logo no princípio da década de 70, numa recusa do rock que se vinha praticando na década anterior e que ele próprio protagonizara, na adolescência. Antigo guitarrista dos Sheiks e dos Chincilas, Pedro Castro criou os Petrus Castrus com o seu irmão, José Castro.
A intenção era produzir uma música mais reflectida, que atribuisse um suplemento de sentido à palavra, fugindo instrumentalmente apos clichés de que se vinha praticando, ainda muito arreigado ao rock´roll dos anos 50 e ao som dos Beatles.
O irmãos Castro convidaram João Seixas e Júlio Pereira, dois jovens músicos dos Play-Boys (grupo que praticava uma música mais violenta do que então se usava., podendo aqui encontrar-se a génese do heavy português).
"Mestre" é gravado em Novembro de 1972. segundo a já vaga recordação de Júlio Pereira, numa longa maratona sem sono,para que os custos de gravação não se tornassem insustentáveis. No entanto, em "25 Anos de Rock´n em Portugal, António Duarte escreve "que uma violenta constipação ataca elementos do gupo, pelo que as vozes só podem ser gravadas em Abril de 73". No mesmo livro, é ainda mencionada"a confiscação do LP "Mestre", durante três meses, no Secretário Nacional de Informação (SNI)". Rui Catalão in «Os Melhores álbuns da Música Popular Portuguesa»
Neste disco são musicados poemas de Bocage, O´Neill, Ary dos Santos e Sophia de Mello Breyner."Mestre", é hoje considerado muito justamente um dos melhores discos portugueses de todos os tempos.O disco foi gravado em França, no mesmo estúdio onde José Afonso gravou o essencial Cantigas do Maio.
Alinhamento do LP:
01. Mestre
02. Pátria Amada
03. Porque
04. País Relativo
05. Macaco
06. S.A.R.L.
07. Pasárgada
08. Velho Avarento
09. Tiahuanaco
10. História do Azul do Mar
11. Só Mais Nada
Edição: Sasseti, 1973
Capa: José Soares
Rever os "Petrus Castrus"
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