Júlio Pereira tem disco novo, chama-se "Geografias" e marca o reencontro do instrumentista com o bandolim.
O Portugal Rebelde esteve à conversa com o músico a propósito deste seu novo trabalho acabadinho de chegar às lojas.
Portugal Rebelde - Quinze anos depois "Geografias", é o disco do reencontro com o teu bandolim?
Júlio Pereira - Nem mais! Não diria melhor. É mesmo o regresso do instrumentista.
P.R. - Que "histórias" nos queres contar com "Geografias"?
J.P. - As histórias que criei transformam-se naquelas que tu próprio sentires quando estiveres a ouvi-las. Esta é a magia da música instrumental. O discurso não é... directo, idiomático. Tanto quem toca como quem ouve faz o seu próprio "filme".
P.R. - Neste disco, o bandolim cruza-se com a guitarra portuguesa e o bouzouki celta. Fala-nos um pouco dessa fusão.
J.P. - É a primeira vês que estes dois instrumentos - Bandolim e Guitarra Portuguesa - vão juntos com alguma profundidade. Não foi fácil a solução porque qualquer destes é... "refilão"... não gosta de estar... parado! O Irish Bouzouki é um afim. Uma espécie de Bandola. O amigo calmeirão do Bandolim. Toquei com ele três temas neste disco porque me encantou quando o conheci.
P.R. - Convidaste para este disco algumas vozes femininas: Sara Tavares, Marisa Pinto e Isabel Dias. A que se ficou a dever estas escolhas?
J.P. - A Sara porque é a minha eterna guest star. A Marisa porque apesar de pequena... tem uma voz grande e uns graves deliciosos. A Isabel porque felizmente o Minho é produtor de vozes locais interessantíssimas.
P.R. - Sentes-te responsável pela "nova vida" que deste a instrumentos tradicionais, como o cavaquinho, viola braguesa e bandolim?
J.P. - Por esses... sim. Para quê ser modesto? Não foi assim?
P.R. - Definitivamente, o bandolim é o instrumento que mais gostas de tocar?
J.P. - Por enquanto... Nada é definitivo.
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