24/08/2007

FREDDY LOCKS | Discurso Directo

O Reggae está vivo e recomenda-se, a prová-lo está "Bring Up The Feeling", álbum de estreia de Freddy Locks, agora editado com o selo da Gumalaka. O Portugal Rebelde esteve à conversa com Fredddy Locks e "descobriu" um disco onde se fala de amor, paz, liberdade, tolerância e pensamento positivo. Agora resta sentir as "boas vibrações" de "Bring Up The Feeling"...
Portugal Rebelde - Como é que nasceu a idéia de gravar este disco?
Freddy Locks - Todas as pessoas que fazem musica têm o sonho de gravar um disco, eu já tinha a intenção de gravar um disco com a minha banda Poormanstyle, mas na altura em que estávamos preparados, aconteceram vários problemas e não tivemos o apoio de que necessitávamos. Nesta mesma altura eu já estava a ensaiar com outros músicos o meu projecto a solo, para poder mostrar ao vivo o cd-r "Rootsrockstruggeling" que fiz com o Asher G. e tive a sorte que faltou com os Poormanstyle, a Gumalaka apareceu e deu-me apoio e coragem para gravar um disco com este projecto a solo e assim apareceu o "Bring up the feeling".
P.R. - Qual é a mensagem que pretendes deixar com as tuas canções?
F.L. - Cada canção leva consigo um sentimento e uma mensagem especifica, mas se tiver que resumir os temas que abordo tenho de dizer que falo de liberdade, amor, pensamento positivo, tolerância, infinito, sabedoria...enfim tento transmitir o que sinto todos dias e que passa por ser livre e viver o presente, informar de que tudo o que precisamos pra ser feliz está dentro de nós e que tudo o que acontece á nossa volta é reflexo da nossa atitude.
P.R. -Num dos temas de " Bring Up The Feeling", fazes parceria com o rapper Tranquilo. Como é que se deu a fusão ente o Reggae e o Hip Hop?
F.L. - O Reggae e o Hip-hop são irmãos, são estilos de musica de raiz africana e que nasceram nos guetos, falam de temas parecidos e revelão a injustiça e a revolta dos mais pobres, logo sempre há uma identificação muito grande entre os músicos de ambos os estilos. O Tranquilo é um rapper que sempre admirei como pessoa e como letrista, por isso foi uma grande alegria poder gravar um tema com ele.
P.R. - Apresentaste recentemente o álbum ao vivo. Como é que o público reagiu às tuas canções?
F.L. - A reacção tem sido muito positiva, há pessoas que reagem dançando outras ficam espantadas a comtemplar, mas no geral sinto que tem sido muito boa a aceitação e tenho recebido um carinho quase generalizado.
P.R. - Participaste na colectânea "Novos Talentos" que teve o patrocínio da FNAC. Foi importante marcares presença neste disco?
F.L. - Acho que sim, fico muito feliz pelo Henrique Amaro me ter feito este convite que funcionou como uma ferramenta de divulgação para a minha música e me permitiu contrinbuir para ajudar AMI.
P.R. -O que separa os "Poormanstyle" de que fazes parte, do teu projecto a solo?
F.L. - Os Poormanstyle estam a hibernar e não sabemos se voltaram a tocar. Eu formei os Poormanstyle e era tambem o lider da banda, portanto quando formei os "Groove Missions" para o meu projecto a solo, fiquei sem tempo para as duas coisas e enquanto não aparecer outro lider nos Poormanstyle, não poderemos tocar. Nos Poormanstyle as canções nasciam quase todas da minha voz e guitarra, mas depois construiamos os temas todos juntos, neste projecto a solo eu conduzo todo o processo e decido tudo sozinho, com ajuda da banda e de toda a gente que convive comigo, mas comigo sempre a assumir as decisões e a forma dos temas.
P.R. - Qual é o tema do álbum agora editado, que destacarias pelas "boas vibrações"?
F.L. - Espero que todos os temas transmitam boas vibrações, mas o mais positivo para a maioria das pessoas talvez seja o tema "Bring up the feeling".
P.R. - O Reggae está vivo e recomenda-se?
F.L. - O Reggae vem do infinito e vai para o infinito...ele não pode ser morto e felizmente há muita gente a acordar e a ter a sorte de sentir o poder do Reggae. Eu recomendo a toda a gente, de manhã , á tarde e á noite, quanto mais reggae ouvires mais paz e felicidade vais ter.

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