19/09/2007

ANABELA DUARTE | Machine Lyrique

“Machine Lyrique” é o título do mais recente projecto que Anabela Duarte, ex-vocalista dos “Mler Ife Dada”, grupo de vanguarda dos anos 80, apresenta a 28 de Setembro (21h30), no pequeno auditório do Theatro Circo, em Braga.
Ao lado do pianista Ian Mikirtoumov e do contrabaixista Romeu Santos, a intérprete, que se destaca pela versatilidade e ecletismo que imprime aos seus trabalhos, seleccionou temas de Kurt Weill e Boris Vian para, através de performances originalmente expressivas e repletas de humor, dar origem a um trabalho que facilmente remete o ouvinte para as sonoridades dos clubes de jazz nova-iorquinos.
“Valse Carrée”, “J’suis Snob” e “Le desérteur”, de Boris Vian, ou “September Song”, “Speak Low”, “Rock and Roll Mops” e “Sing me not a Ballad”, de Kurt Weill, são alguns dos temas que a compositora, intérprete, performer e produtora Anabela Duarte reinventa nas suas sempre surpreendentes e inovadoras actuações ao vivo.
«Este concerto apresenta canções possíveis e impossíveis», destaca Anabela Duarte. «Canções possíveis, porque fizeram parte do “mainstream” do séc. XX, e canções impossíveis, porque muitas delas não eram socialmente, nem politicamente, correctas», explica a cantora, cujo percurso tem passado pela exploração dos mais diversos territórios musicais.
Da “pop” ao fado em versão eléctrica, do canto lírico à encenação acústica de poesia, Anabela Duarte revela em todas as suas performances, em que alia um talento inato a excepcionais qualidades vocais e performativas, as vantagens que claramente tem sabido retirar dos vastos estudos realizados na área de música, piano, canto, teatro e dança.
Conhecida do grande público como a voz exuberante da banda “Mler Ife Dada”, Anabela Duarte, que integrou igualmente os grupos “Ocaso Épico” e “Bye Bye Lolita Girl”, desenvolveu também uma carreira a solo marcada por projectos tão diversos como a criação dos recitais “Um Outro Lorca”, “Ópera, Opereta e Lied” e “O Horizonte Basta”, as interpretações de Verdi, Strauss, Alban Berg, Mozart ou Bach, o lançamento do álbum de fados “Lishbunah” ou a participação como “performer” e cantora na peça “O Dia do Desassossego (Delírios com Fernando Pessoa)”.
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