28/09/2007

STOCKHOLM L. PROJECT | Discurso Directo

Músicos Portugueses e Suecos juntaram-se no projecto "Stockholm Lisboa Project" para explorar pontos de encontro entre as suas tradições musicais. Simon Stålspets, Sérgio Crisóstomo, Liana e Luis Peixoto são o rosto desta aventura. "Sol" é o nome do disco que o grupo recentemente editou. O Portugal Rebelde esteve à conversa com Sérgio Crisóstomo, que nos falou de polksas, fado, música tradicional e do prazer intrínseco de "Sol".
Portugal Rebelde - Como é que nasceu a idéia de criar o projecto Stockholm Lisboa Project?
Sérgio Crisóstomo - Em 200 fui convidado para representar Portugal num encontro na Bretanha ( França ) e aí conheci músicos de toda a Europa. Os dois Suecos e os Franceses ( bretões ) foram as referencias mais fortes e a vontade de prolongar aquela rica experiencia não parou de crescer desde esse momento.
P.R. -O que existe de comum entreas polskas suecas e o fado português?
S.C. - Em primeiro lugar a musica enquanto linguagem e forma de expressão. O resto percebe-se vendo o grupo ao vivo!
P.R. - Apesar de o fado estar presente ao longo de todo o disco, "Sol", é mais que um disco de fados?
S.C. - “Sol” é mais do que um disco de fados e é também mais do que um disco de música tradicional sueca ao som do qual se dançam polskas. A maneira de ser e tocar de cada músico deste projecto contaminam as raízes e fazem a música tradicional reviver e continuar a sua evolução.
P.R. - Foi fácil juntar neste projecto, instrumentos tão diversos como a mandola nórdica, o bandolim português e o violino?
S.C. - Partindo da forte amizade entre os músicos e com as suas (excelentes) capacidades musicais o desafio de combinar tradições diferentes torna-se natural e o que sobressai é prazer musical.
P.R. - Apresentaram recentemente este disco ao vivo. Como é que o público reagiu às vossas canções?

S.C. - Muito positiva. Nos concertos aparece sempre alguém que não sabe bem ao que vem e curiosamente é dessas pessoas que recebemos comentários mais surpreendentes. Outro comentário, de resto habitual, é satisfação por ver a nossa cumplicidade em palco. O disco não deixa passar isto, talvez no DVD daqui a uns tempos.
P.R. - "Sol" é um disco para aquecer os corações mais gelados?
S.C. - Espero que sim. A amplitude térmica anual na Suécia é de cerca 60 graus célsius. Penso que a nossa música pode bem chegar aos corações mais gelados.
P.R. - Em duas palavras como definem este disco?
S.C. - Duas palavras!? Difícil... Aqui vai: “Prazer intrínseco”.

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