13/12/2007

LUXÚRIA CANIBAL | Mécanosphere

“Mécanosphère” é o projecto que, após a estreia dos “Contos de Maldoror”, assinala o regresso, a 21 de Dezembro (22h00), de Adolfo Luxúria Canibal ao Pequeno Auditório do Theatro Circo.
Numa mistura pouco previsível de estilos “psychadelic”, “afro-beat” e “death metal”, “Mécanosphère”, «uma unidade trans-sónica e transnacional de contornos abertos», alia «os “cut-up” poliglotas e as visões distópicas» de Luxúria às «explosões de “caos-rock”, “free music”, música concreta, destroços de “hip-hop” e “dub” espectral hipnótico» de Benjamin Brejon e Jonathan Uliel, complementados por «uma miríade de conspiradores», como o contrabaixista Henrique Fernandes e o baterista Gustavo Costa.
Com uma forte tónica literária, pela apropriação de textos obscuros de ficção científica, filosofia crítica e poesia sonora, “Mécanosphère” confronta, num automatismo alucinado, electrónica e acústica, percussões rotativas e manipulações eléctricas, ecos de “free jazz” e paisagens mentais de JG Ballard ou Max Ernst.
Após o lançamento de três álbuns – “Mécanosphère” (2003), “Bailarina” (2004) e “Limb Shop” (2006) – e de um EP – “Lobo Mau” (2001) – , o colectivo prepara para 2008 a edição do próximo trabalho discográfico, que, para além dos habituais elementos, inclui ainda a colaboração de Mark Stewart, vocalista em projectos como “The Maffia”, “on-U-sound” e com Adrian Sherwood.
Tendo como guardiões Adolfo Luxúria Canibal e Benjamin Brejon, a par de «uns tantos músicos, artistas e colaboradores que aceitam colocar a sua total liberdade de execução e sabedoria técnica num quadro onde não é dada nenhuma fórmula», “Mécanosphère” afirma-se pela negação da música improvisada ou experimental, entendida como processo de desconstrução do “tocar”.
Aos primeiros sons, o mundo caótico de Adolfo Luxúria torna-se evidente num trabalho a que se junta a alienação criada pela diferença e pela desconformidade, retratando, desta forma, o século XXI visto pelo líder dos “Mécanosphère”.
«As letras em “Mécanosphère” são gestos críticos, derivações de textos pré-existentes, montagens; como na construção das músicas, é aí que ganham a literalidade do seu "sentido", num processo de execução e de reciclagem de linguagens», esclarece Luxúria.
Tendências “psychadelic”, “afro-beat” e “death metal”
21 Dezembro (22.00h)
Pequeno Auditório do Theatro Circo - Braga
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