26/02/2008

THE PROFILERS | Discurso Directo

The Profilers é um projecto formado por um grupo de músicos com as mais diversas experiências musicais que, juntando-lhes as suas vivências pessoais, se aliam para criar uma sonoridade bastante eclética, com influências que vão desde do Jazz à Bossa Nova, do Blues ao Rock, sem nunca esconder aspecto retro e revivalista - não só dos 60's e 70's, como dos anos 20. Hoje temos connosco Mr. Big, que em "Discurso Directo" nos fala do projecto The Profilers.

Portugal Rebelde - Como é que nasceu o projecto "The Profilers"?
Mr. Big - the Profilers nasceram de uma forma muito descontraída e informal, entre Março e Abril de 2007, com umas experiências feitas por San e Mr. Big, este na altura envolvido noutro projecto com Fat Franco, Mr. Night e The Maniac, e uma conversa de copos enquanto assistíamos à final do Festival de Música Moderna de Corroios 2007.Começámos por gravar uma versão do Cocaine, de Clapton, e um par de originais escritos por San, já com a participação de Fat Franco nas guitarras, fizemos o myspace e concorremos a dois festivais que estavam a receber material na altura. O TMN Garage Sessions e o Concurso de Música Moderna do Entroncamento. Duas ou três semanas depois, e quando a única vez que havíamos ensaiado fora em quarteto, com San, Big, Night e Fat Franco e um PC, recebemos um convite para tocar um primeiro concerto, via myspace e fomos selecionados para o Concurso do Entroncamento (para o TMN nunca saberemos pois com a pressa trocámos as etiquetas e metemo-nos como destinatário, pelo que recebemos a candidatura em casa).Assim, antes ainda de termos reunido a banda toda em ensaios, tínhamos 3 datas marcadas para o início de Junho e fomos obrigados a meter mãos a obra. A estética visual e os ambientes sonoros já estavam mais ou menos idealizados, pelo que, com algum trabalho, conseguimos começar a fazer espectáculos de 30 / 40 minutos menos de 2 meses depois do nascimento da ideia.
PR - Quais são as influências musicais da banda?
Mr. Big - A primeira premissa, e porque the Profilers nasceram como um alter ego (daí a ideia de criar personagens) de um grupo de músicos envolvidos noutros projectos que os bons resultados e actividade deste obrigaram a abandonar, era fazer, em termos musicais, tudo aquilo que nos apetecesse, sem ficar agarrados a estilos e rótulos. Assim, sempre fizemos questão de compor em conjunto e sem preconceitos de estilo ou linguagem. No fundo, o desafio é limitar o menos possível a criatividade e dar espaço a que as vivências, experiências e ideias de todos entre no processo criativo e ganhem vida própria. Não pretendemos ser diferentes, apenas autênticos. A diferença, se tiver de existir, deve ser uma consequência, nunca algo forçado.Felizmente somos um grupo de pessoas com gostos musicais amplos e variados, entre todos, ouvimos um pouco de tudo, do clássico ao rock, do world ao folk, do blues ao jazz, enfim… e tentamos fazer aquilo que nos soa bem, independentemente de como poderá ser rotulado.
PR - Gravaram em 2007 uma promo com 7 temas,"Make love slow...enjoy the role". Quais foram as reacções da crítica especializada a este disco?
Mr. Big - A demo, onde compilámos 7 de 13 temas que gravámos no nosso home studio, tem servido essencialmente para promover o projecto junto de promotores, editoras, salas de espectáculos etc. Não estando à venda ao público, não temos ainda muito esse feedback, pelo menos com uma abrangência que dê para tirar grandes ilações.Para já, o feedback que temos tem sido o facto de, com base nessa demo, termos estado a conseguir datas em espaços com alguma importância.Em termos de crítica uma ou outra opinião em rádios locais, uma entrevista para o podcast do programa OPA, feedback positivo de algum pessoal do meio a quem temos enviado material…
PR - O palco é a grande "prova de fogo" para a banda?
Mr. Big - O palco é tudo o que a banda quer! Tocar ao vivo é para já o nosso principal objectivo e tem sido para isso que temos trabalhado. É o nosso foco no momento, é assim que queremos captar público, pois é no palco que acreditamos que a música acontece verdadeiramente. Uma gravação é um momento, uma interpretação de um tema, que no palco pode ganhar diferentes roupagens cada vez que é tocado e entendemos que é por aí que devemos começar.Felizmente temos estado muito activos e conseguimos algumas coisas boas em termos de espectáculos nos primeiros meses. Vamos fechar este primeiro ano com um concerto (que também será a celebração do primeiro aniversário do projecto) no Santiago Alquimista, em 11 de Abril. Antes disso vamos estar no Maxime, e estamos neste momento a fazer um ciclo de espectáculos no Casino Estoril.
PR - Os objectivos para 2008, passam pela gravação de um disco?
Mr. Big - Não é uma obsessão, embora nos vá passando pela cabeça. Mas não pretendemos precipitar esse passo. Pretendemos gravar um disco quando a demanda assim o justificar. Neste momento há muitas formas de promover o nosso trabalho e conseguir ter público nos concertos. Como disse, temos tido datas regulares, mas falta-nos ir a muitos sítios, principalmente fora da Grande Lisboa e do Grande Porto. Preferimos que as pessoas nos comecem por conhecer ao vivo... o disco virá depois, se em 2008 ou não? Esperamos que sim, mas estamos longe de estar obcecados com isso.
PR - Em duas palavras, como definirias a vossa música?
Mr. Big - Crua e autêntica.

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