26/10/2008

LUIZ E A LATA | Discurso Directo

Passaram três anos após a edição “Andei…”, o primeiro disco de Luiz e a Lata. Luiz e a Lata estão de regresso com o seu segundo álbum de originais “9”. O Portugal Rebelde esteve recentemente à conversa com Luiz Caracol, um dos mentores do projecto, e revela-lhe agora em "Discurso Directo" os "segredos" deste novo disco de Luiz e a Lata.
Portugal Rebelde - Depois do álbum de estreia "Andei...", editado em 2005, a que se ficou a dever este "longo" compasso de espera?
Luiz Caracol - A espera de 3 anos entre o nosso primeiro e segundo álbuns deve-se, essencialmente, à necessidade que tivemos que este segundo trabalho pudesse ser mais maduro e coeso que o primeiro, e também que fosse feito com um pouco mais de calma e menos pressão do que foi possível com o primeiro. Além de que deu muito mais trabalho que o primeiro, já que desta vez fomos nós a assumir também a produção do álbum.
PR - Para título deste segundo trabalho, escolheram "9". Porquê a magia do número "9"?
LC - O mais curioso é que o álbum já estava praticamente terminado e ainda não tínhamos título para lhe dar, foi então que percebemos que havia algumas coincidências à volta do 9, como termos 9 parcerias autorais, 9 convidados musicais, e termos demorado 9 meses entre o início e a conclusão do álbum. É por isso que costumamos dizer que se calhar foi ele que se quis chamar "9"…
PR - No álbum "9", a lusofonia está mais presente na linguagem do grupo, em relação ao álbum de estreia?
LC - Sim, podemos dizer que sim. Está mais presente, e está mais assumida também. Continuamos a ser um grupo pop, mas com uma linguagem e abordagem à música lusófona com a qual fazemos uma fusão estilística.
PR- Este disco está recheado de convidados musicais, com destaque para Sara Tavares, Rão Kyao, Tó Cruz, Alexandre Manaia, Ruca Rebordão, entre outos. A participação de todos estes convidados, veio enriquecer musicalmente o álbum "9"?
LC - Sim, muito. Visto todos eles serem grandes músicos e grandes pessoas. É muito bom ser amigo de todos eles, e ter privado e partilhado os momentos musicais e emocionais que tivemos e passámos juntos.
PR - Que sensações espera que as pessoas retirem da audição deste disco?
LC - Para ser sincero a nossa única preocupação foi fazermos o álbum da forma que acreditávamos, já que tínhamos que ser nós os primeiros a gostar. Mas o feed back que temos recebido de todos tem sido mesmo muito bom.
PR - Numa frase apenas - ou duas - como caracteriza conceptualmente o álbum "9"?
LC - "9" é um disco com uma sonoridade de fusão entre a música pop e a música da lusofonia, aliando essa mesma força sonora à força das canções e das palavras.

Sem comentários:

/>