27/05/2010

A CARUMA

"Poderiam ser histórias exclusivas de Alfama ou de Santos, de Marvila ou Bairro Alto, mas não são.
Poderiam ser histórias exclusivas de amor engano, de paixão embuste, ou taberna madrugada, mas não são.
O território dos Caruma abrange imensas freguesias, e o seu universo é mais amplo que os motes que sugerem.
O português vernáculo, escolhido a dedo entre o rico léxico da nossa língua, é aqui irónico, reactivo, mordaz, insinuante, provocador, e materializa-se em temas como “Nossa Senhora do SIS”, “Diabetes com Chantilly”, “O vestido a Esvoaçar” ou “Estado Febril”.
Quem nos traz esta pop-marialva traçada a tinto fanfarra com tiques à Emir Kusturica sabe muito destas coisas, e está pronto a correr o risco que uma entrada a pés juntos acarreta!
Claro que não poderiam ser meninos imberbes (e muito menos de coro) quem nos brinda com tão lúcida e apurada iguaria artística.
A proposta chega de malta com sobejante currículo! Ora anotem: Rui Costa (Silence 4, Filarmónica Gil) no baixo; Carlos Martins (Umpletrue, The Clits, Annette Blade) na voz e guitarra; Pedro Santos (Silence 4, Filarmónica Gil) no piano e no euphonium; José Carlos (Dapunksportif, Umpletrue) na bateria; e ainda a emergente Ana Santo na voz secundária.
Com o disco homónimo pronto a sair numa editora de renome (gravado nos estúdios de Rui Veloso), os Caruma dão-nos o privilégio de acolher a sua estreia absoluta ao vivo, num Teatro Miguel Franco que certamente se engalanará para acolher esta aposta cirúrgica do Festival Fade In 2010. Esta malta vai dar muito que falar..." (Carlos Matos)

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