ANTÓNIO MÃO DE FERRO | Discurso Directo

Começou muito novo a viagem pelo mundo da música pela mão de seu pai, Joaquim Cardoso, músico da banda Os Tártaros. António Mão de Ferro, começa agora com a edição de "Karma Train" (JBJ &Vice Versa, 2010) uma viagem em nome próprio. Este é um disco de uma vida, uma viagem em sentido único, que António Mão de Ferro, desvenda em "Discurso Directo".

Portugal Rebelde - Depois de passar por bandas/projectos como Rithm, Funk, Soul and Blues, Minnemann Blues Band, GNR e Jerrel Lamar (ex-Platerrs), este é o disco com que sempre sonhou?

António Mão de Ferro - Sem dúvida, foi um parto dificil, um disco desejado há muito! Esperei bastante tempo para este momento, quero que seja um disco com que as pessoas se identifiquem! É um sonho que se concretizou, gostei do resultado, valeu a pena esperar.

PR - A sua relação com a música começou muito cedo. Os Blues foram sempre a sua maior referência musical?

AMF - Sim, desde muito pequeno ouvia muito musica, o meu Pai foi o "culpado" de toda a música que ouvia, desde os Blues e claro o Rock. Foi quando comecei a dar os primeiros toques na guitarra. Mas de facto os blues tiveram um papel importante no meu percursso musical!

PR - Numa frase apenas - ou duas - como caracterizaria este "Karma Train”"?

AMF - A viagem das nossas vidas, das nossas vivências, uma viagem sem bilhetes de volta.

PR - “Karma Train” conta com a participação especial de Airto Moreira, Kátia Guerreiro e Rui Veloso. Quer falar-nos um pouco sobre estas participações?

AMF - Sim! É motivo de orgulho ter estes músicos a participar no meu primeiro álbum a solo, nos blues achei que seria interessante convidar o Rui Veloso para este disco, pois tinha tudo a ver com ele, os Blues! A Kátia Guerreiro achei interessante a ideia, porque não fundirmos os Blues com uma melodia do fado? Achei fantástico, aliás, é das músicas que eu mais aprecio, parabéns à Kátia! E por último, Airto Moreira depois de ter tocado com tantos "monstros" da música pelo mundo fora, Rock, etc, achei porque não participar neste disco de Blues, sem dúvida embelezou toda a ritmica do disco. Um especial agradecimento ao Airto Moreira.

PR - Que sensações espera que as pessoas retirem da audição deste disco?

AMF - Até agora tenho tido excelentes críticas deste disco, penso que será um disco com que as pessoas se vão identificar, o disco diz respeito a todos nós, estamos todos na mesma carruagem! Por isso tem tudo para correr bem!

PR - Depois do disco, está tudo preparado para levar este “train” a viajar pelo país?

AMF - Sim, conto com isso! O Concerto já está montado para rodarmos por todo o país, o comboio não pode parar de maneira nenhuma, por isso contamos com muitos concertos por todo o país! Será importante levar este comboio a toda gente!

PR - “Karma Train” é um disco de uma vida?

AMF - Sem dúvida, é o disco das nossas vidas, é o comboio das nossas vidas, é a viagem das nossas vidas, uma viagem de sentido único!