Os Mercado Negro já nos habituaram a fazer música positiva e cheia de boas vibrações, e sem se acomodarem, acabam de nos brindar com mais um disco repleto de boas canções, com refrões que nos ficam nos ouvidos, trazendo até nós mais África. O Portugal Rebelde esteve à conversa com Messias, e revela-lhe agora em "Discurso Directo" as boas vibrações da música dos Mercado Negro.
Portugal Rebelde - “Conversas de Quintal”, o 3º disco dos Mercado Negro, continua a espalhar a mensagem positiva, mas também a harmonia com a natureza. É assim Messias?
Messias - Concerteza, a harmonia com a natureza é um tema recorrente no nosso processo criativo/interventivo, digamos que faz parte do nosso imaginário temático, posso lembrar que o nosso 2º disco chama-se "Aquecimento Global", que é um alerta à uma vida mais "sustentável", mais respeitadora da natureza. O homem só viverá em equilibrio se respeitar e viver em harmonia com a natureza. Somos parte dela.
PR - Neste “Conversas” de Quintal, o que é que os Mercado querem “celebrar”?
Messias - Bom, nós celebramos o amor, a vida, e o que tentamos é levar a esperança, o sonho. uma certa positividade à vida das pessoas que nos escutam, que sentem a nossa música.
PR - África está mais presente que nunca Neste novo trabalho, mas também Portugal com um reggae fadista em que é convidada Liliana Silva. Isto prova que o reggae é permeável a referências exteriores?
Messias - Certamente, o reggae vem de outras músicas e naturalmente, aceita outras músicas dentro de si. Nós não vivemos na Jamaica, daí que o reggae que fazemos não seja simplesmente uma cópia do que lá se fez ou se faz , mas sim algo mais. À universalidade do reggae juntamos elementos da nossa vivência, das nossas raízes, do que nos identifica, do que nos cerca...nós vivemos entre a balanço do reggae, do fado, do semba e naturalmente, esses elementos culturais estão presentes na nossa música.
PR - Numa frase apenas - ou duas - como caracterizarias este "Conversas de Quintal"?
Messias - É um disco sereno e o mais maduro dos Mercado Negro. Um disco que é mais um passo na nossa caminhada.
PR - Que sensações esperas que as pessoas retirem da audição deste disco?
Messias - É um disco para se ouvir do principio ao fim, um disco para se ouvir e sentir, e tendo sido feito com muito amor, com honestidade e pensamento positivo, acredito que sejam esses valores e sentimentos que chegarão às pessoas que o ouvirem e conviverem com ele.
PR - Está tudo preparado para levar este “Conversas de Quintal” para o Palco?
Messias - Sim, estamos preparados e ansiosos para levar as nossas "Conversas" do "Quintal" para o palco, partilha-las com todo o Mundo, como acontece quando recebemos os nossos amigos no nosso quintal e partilhámos o nosso espaço com eles.
PR - “Daquela Montanha”, é o single de apresentação de “Conversas de Quintal”. É este o tema que melhor define o espírito deste novo trabalho?
Messias - De certa forma sim, a verdade é que não foi fácil escolher uma música que representasse o disco porque as músicas são diferentes entre si, mas sem dúvida que "Daquela Montanha" é uma música cheia de boas vibrações, interventiva, positiva, e daí retratar bem o nosso novo trabalho "Conversas de Quintal".
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