Em época Natalícia, "B Fachada é Pra Meninos". O novo álbum de B Fachada, chega às lojas no dia 10 de Dezembro. E acreditem, é o mais coeso e distinto conjunto de canções com que até hoje nos brindou.
Vem mascarado de disco infantojuvenil mas fala directamente para todose sobre as mesmas coisas de sempre: do amor, do desejo, da saudade, da moral.
É também um primeiro disco de banda. Naquele que daria um trio de jazz à medidadas lides nacionais, Bernardo (vozes, guitarras, teclas, idiofones, pequena percussão, etc), Martim (contrabaixo e baixo elétrico) e Mariana (duas baterias plásticas de bebé para miniaturizar o som ao jeito do Pascal Comelade compradas numa loja de brinquedos no dia em que entraram em estúdio) combinaram arranjos, que tornaram ainda mais harmoniosos temas que pareceram nascer já colados uns aos outros.
Fachada costuma dizer que as suas “canções têm que ver com falta de lógica”. As de “B Fachada é Pra Meninos” - que é, enquanto álbum, como dizia, uma conceptualização infanto juvenil do seu estilo que nem por um segundo o compromete - sugerem antes terem que ver com falta de moral ou, melhor, com falta de moralismo.
Porque o que Fachada encontrou no universo das crianças (e das que querem deixarde o ser) foi um impulso libertário que confunde convenções e, ironicamente, questiona as expectativas típicas de quem de fora o acompanha e a ele se dedica.
Aqui a Joana não tem que comer a papa (há um João, mas é-lhe dito para largar a sopa!). Resistindo à infantilização de estética e filosofia, Fachada procura antes, de forma reivindicativamente terna, dar voz àqueles que vivem tudo pela primeira vez. E contrariar a condescendência que empesta o género.
Alinhamento de "B Fachada é Pra Meninos":
01. Tó-Zé
02. Dia de Natal
03. Questões de Moral
04. Conselhos de Avô (com Desidério Lázaro no saxofone)
05. Primeiro Dia (com Francisca Cortesão)
06. A Casa do Manel
07. Mochila do Carteiro
08. Agosto
09. Barrigão (com Lula Pena)
10. O Futuro
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