23/02/2011

BAN | Discurso Directo


Depois de uma longa paragem, os Ban, uma das mais inspiradoras bandas da década de 80, estão de regresso aos discos. "Dansity", é o disco que marca o início de um  novo ciclo para a banda de João Loureiro. O Portugal Rebelde, esteve à conversa com a banda, que em Discurso Directo, revela a nova "vida" dos Ban.

Portugal Rebelde -  Passados que são 19 anos, após o último registo de originais dos Ban, a banda está de regresso aos discos com "Dansity". Esperavam ansiosamente por este dia?

BAN -  Naturalmente que é com grande prazer que voltamos aos registos discográficos com os BAN, sendo certo que o João Pedro Ferraz e o Rui Fernandes continuaram sempre directamente ligados à música, através de outros projectos ou da produção. O mais importante, além de podermos estar juntos a trabalhar, foi sentirmo-nos novamente criativos, e unidos num projecto comum e coerente com as nossas ideias e estética.

PR -  "Dansity", é assumidamente um álbum com ritmos funk, a pensar nas pistas de dança?

BAN -  O Dansity tem duas forças motrizes: essa que é mencionada, mais dançável, directa e rápida, que está presente nas primeiras 6 faixas do cd, e outra, mais ambiental, introspectiva e densa, nas faixas restantes. Daí o nome Dansity, um jogo entre as palavras dance (dança) e density (densidade).

PR - Depois de uma carreira, onde o português teve sempre lugar de destaque nas canções dos Ban, a banda regressa agora com um disco cantado em inglês. A que se fica a dever esta mudança?

BAN - Foi algo que saíu com naturalidade, logo nos primeiros ensaios, e que se intensificou com a entrada da Mariana Matos, que estava habituada a cantar em inglês. Por outro lado, foi também a oportunidade de experimentar algo que os Ban ainda não haviam feito...e nós gostamos sempre de novas experiências!

PR - Numa palavra - ou talvez duas - como caracterizariam  este "Dansity"?

BAN - Intenso, criativo, arriscado...

PR - As canções de "Dansity" vão percorrer os palcos do país?

BAN - Para já ainda não, estamos mais orientados para a promoção através de vídeos e remixes, que poderão ver e ouvir através do canal ManUFactorTV, no YouTube, ou visitando (e, já agora, aderindo...) ao Facebook Ban-Dansity. Mais tarde, talvez, mas a acontecer será sempre com uma forte componente visual e tecnológica.

PR - Para terminar, tendo sido os Ban, uma das mais inspiradoras bandas pop portuguesas dos anos 80, como é que vê o actual momento da Música Portuguesa?


BAN - Pensamos que há um movimento global interessante, com várias formas de expressão estética, sendo que obviamente nos sentimos mais próximos de umas coisas do que outras. Como bons exemplos de projectos mais recentes com que sentimos alguma identificação (e dependendo dos elementos dos Ban em causa, porque os nossos gostos também variam...), podemos dar os Orelha Negra, os Expensive Soul ou os Peixe-Avião, ou, na música de dança, os JohnWaynes ou o Social Disco Club (daí os termos escolhido para remisturar temas nossos...). Mas evidentemente que, e felizmente, há muitos mais!

1 comentário:

Anónimo disse...

Discurso positivo de uma banda importante com grande passado, mas virada agora para o futuro.

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