28/02/2011

CRISTINA BRANCO | Discurso Directo

  
No dia em que chegou às lojas "Não Há Só Tangos em Paris", o Portugal Rebelde esteve à conversa com Cristina Branco, numa "viagem" repartida entre o Tango e o Fado. Um viagem pelos sentimentos...

Portugal Rebelde - "Não Há Só Tangos em Paris", o seu mais recente trabalho é como um "transatlântico" que passa por Buenos Aires, pára em Lisboa e finalmente atraca em Paris? Que viagens são estas?

Cristina Branco -  É uma viagem pelos sentimentos na vida das pessoas. Esta é a melhor forma de definir esta "viagem".

PR - "Não Há Só Tangos em Paris", o primeiro single deste trabalho tem a assinatura  Pedro da Silva Martins, o inspirado letrista e guitarrista dos Deolinda. Como é surgiu esta oportunidade de trabalhar com o Pedro Silva Martins?

CB - O Pedro e os Deolinda, conheci-os quando me convidaram para fazer um concerto com eles no Castelo S. Jorge, em Lisboa, à cerca de um ano e meio e desde aí ficamos amigos. Houve uma grande empatia. Algum tempo depois, pedi ao Pedro se estaria interessado em fazer algum tema para o disco. Foi desta forma, que nasceu este "encontro".

PR - Para além do citado Pedro Silva Martins, "Não Há Só Tangos em Paris", conta com autores e compositores de excepção como António Lobo Antunes, Mário Laginha, Vasco Graça Moura, Manuela de Freitas, João Paulo Esteves da Silva, entre outros. É por estes autores e compositores, que passa o "novo" fado?  

CB - São os autores da minha vida...são as pessoas, que eu gosto e com quem já trabalhei antes.

PR - Numa frase apenas - ou duas - como caracterizaria este  "Não Há Só Tangos em Paris"?

CB - É uma viagem que fala de gente, fala do bem e do mal, do amor e do ódio, da ambiguidade, fala de desespero. No fundo fala de todos!

PR - O Teatro de São Luiz, em Lisboa, serve de palco para a apresentação deste novo trabalho. O espectáculo na sala lisboeta está marcado para o dia 31 de Março. Que "surpresas" estão reservadas para essa noite?

CB - Essencialmente vão ser apresentados os temas novos de "Não Há Só Tangos em Paris" e haverá algumas incursões noutros discos, porque é dessa música que também se faz a Cristina Branco.

6. Que sensações espera que as pessoas retirem da audição de " Não Há Só Tangos em Paris"?

CB - Universalidade, acho que é uma boa palavra para definir a minha intenção. Para que as pessoas percebam, que o Fado e o Tango, apesar de geograficamente tão distantes, têm muito em comum.

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