29/06/2011

LONG WAY TO ALASKA | Discurso Direto

Hoje em "Discurso Direto", destaque para o disco de estreia dos bracarenses Long Way To Alaska - "Eastriver". Gil Oliveira é o nosso convidado que nos fala de um disco tipo "punk de baloiço".

Portugal Rebelde - Após a edição do EP “Melodies to Greet Sunrise and Feed Sunset”, em 2009, “Eastriver” é o disco que  sempre “sonharam” editar?

Gil Oliveira - Ainda não é o disco que “sonhamos” editar por outro lado não deixa de ter um carinho especial por ser o primeiro álbum da banda, e nosso enquanto músicos. O Eastriver é como que um apanhado daquilo que fomos fazendo ao longo do primeiro ano de existência. Ainda não será de todo o trabalho mais maduro e integro da banda, é o primeiro disco como todos os primeiros discos.

PR - Há quem afirme que o cartão-de-visita de “Eastriver“ reside nas guitarras, acústicas e eléctricas, tranquilizantes e frenéticas, como quem passeia pela rua pisando ora o mármore preto, ora o branco. Concordas?

Gil Oliveira - Sim, tendo em conta que não há baterista e apenas guitarristas na banda, eheh. O disco em si vive muito dessa ambivalência entre as músicas, ora temas mais frenéticos e alegres, ora temas mais calmos e tranquilizantes, sem dúvida.

PR - Quais são as grandes referências musicais, que transportam para este disco?

Gil Oliveira - Se calhar para o EP “Melodies to Greet Sunrise and Feed Sunset” transportámos algumas referências com mais necessidade do que propriamente para o “Eastriver”. A princípio poderia haver uma maior preocupação em existir referências comuns entre os quatro elementos para a banda em específico, neste momento é completamente indiferente, cada um ouve o que ouve. O que importa é o resultado das influências que cada um terá pessoalmente, e o estilo ou estética dos temas da banda resultam dessa mesma junção nos ensaios. E com o passar do tempo, depois de muitos ensaios, percebemos que os nossos futuros trabalhos vão depender muito da mistura das “ondas/vagas” de cada um, por isso o resultado vai ser sempre diferente, dentro dos seus limites obviamente. O próximo disco não vai soar a doom de certeza, ahah.

PR - “Eastriver”, foi apontado por alguma crítica como um dos melhores discos de 2010. Estava nos vossos planos, este disco ser tão bem aceite pela crítica e pelo público?

Gil Oliveira - Nada, não estávamos a contar de todo com essas críticas tão positivas, até porque o disco saiu quase no final do ano e ainda assim houve espaço para fazer parte dos tops do ano de alguns sites e revistas. Isso deixou-nos ainda mais felizes e seguros de que estamos bem encaminhados como é óbvio.

PR - Numa frase apenas - ou duas - como caracterizarias este "Eastriver"?

Gil Oliveira - Parafraseando Jaime Manso: “É tipo punk de baloiço.”

PR - Este disco é a prova de que é fácil viajar daqui até ao Alaska à distância de um par de colunas à nossa frente?

Gil Oliveira - Mais ou menos, ainda não tocamos world music para retratar fielmente como seria a viagem, mas em sonhos bem que pode dar uma interessante banda sonora.

PR - Para terminar, por onde passa o futuro próximo dos Long Way To Alaska?

Gil Oliveira - O futuro é muito incerto, mas possivelmente dar uns gigs fora de Portugal e talvez em 2012 lançar mais um novo par de temas, isto com algumas surpresas pelo meio...

Sem comentários:

/>