Mafalda Arnauth e Marco Rodrigues são as duas vozes do fado que a 31 de Março sobem ao palco da Sala Principal do Theatro Circo, em Braga.
Prémio
Revelação
Amália Rodrigues 2008, Marco Rodrigues dividiu com Mafalda Arnauth o tema
“Valsa das Paixões” que integra o álbum “Tantas Lisboas”, editado
em 2010.
A cumplicidade passou
do estúdio para os palcos, e os jovens fadistas apresentam-se agora em
conjunto
em espectáculos que contam ainda com a presença dos músicos Luís
Guerreiro
(guitarra portuguesa), Nelson Aleixo (viola) e André Moreira (baixo
acústico).
Nortenho de
origem, foi apenas com a mudança para Lisboa que Marco Rodrigues
despertou
interesse pelo género musical do qual, até à data, conhecia apenas pela
voz de
Amália.
Concorrente à Grande Noite do Fado em 1999, o jovem cantor de
apenas 16
anos venceu na categoria de Sénior e, poucos meses mais tarde, estreou-se
como
profissional no Café Luso, espaço onde actualmente, para além de fadista
e
violista residente, exerce a função de director artístico.
Desta
incursão de
Marco Rodrigues pelo mundo do fado resultaram dois álbuns – “Fados da
Tristeza
Alegre” (2006) e “Tantas Lisboas” (2010) – e incontáveis
apresentações, a solo
ou em colaboração com nomes como Carlos do Carmo, Mariza ou Ana Moura,
por toda
a Europa.
Por sua vez,
Mafalda Arnauth manteve uma estreita ligação com o fado desde a sua
infância,
sem nunca ter, no entanto, perspectivado uma carreira artística.
Ainda
estudante, Mafalda descobre-se subitamente transportada para o mundo dos
palcos, dos ensaios e das casas de fado, onde se deixa crescer
artisticamente
com as palmas, a apreciação do público e a auto-descoberta através do
canto.
O primeiro álbum,
homónimo, “Mafalda Arnauth”
(1999), foi aclamado pela crítica e recebeu o
prémio de voz revelação do ano do semanário “Blitz”. O sucesso
repete-se dois
anos mais tarde com “ Esta Voz
Que Me Atravessa”, trabalho discográfico quase inteiramente
dedicado
ao fado.
Em 2003, Mafalda Arnauth lança “Encantamento”, no qual surge também
como compositora, assinando quase todas as faixas. Ainda antes de
integrar, em 2009, o projecto “Rua da Saudade”, onde dá voz a letras
originais
de Ary dos Santos, a fadista edita ainda “Diário” (2005), álbum que
abrange
todas as inspirações da sua vida.
Interrompendo as
constantes presenças nas maiores salas de espectáculos nacionais e
internacionais, em 2010, Mafalda Arnauth regressou ao estúdio para gravar
“Fadas”, trabalho que se consubstancia numa homenagem aos grandes
nomes
femininos do fado.
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