A Bee Keeper foi uma editora independente dos anos 90, gerida desde o sótão de Elsa Pires em Lisboa, que apesar da sua pequena escala e relativa curta duração, deixou a sua marca na segunda vaga da cena indie rock nacional.
A Bee Keeper sempre se demarcou pela sua estética DIY (Faça Você Mesmo), editando cassetes com capas desenhadas à mão e sempre acompanhadas por cartas pessoais. A editora chegou ainda a editar alguns singles em vinil de 7", compilações em vinil 12" e CD, e algumas das bandas do seu catálogo chegaram mesmo a lançar os seus álbuns de estreia pela Bee Keeper.
Ocorrendo imediatamente antes da explosão da Internet, as movimentações da Bee Keeper quase não foram documentadas, sendo o seu catálogo praticamente impossível de encontrar hoje em dia. Foi esta a principal razão que levou Bruno Simões a focar-se na Bee Keeper para o seu próximo documentário de longa duração.
Este documentário funcionará não só como uma recordação para aqueles que viveram o movimento, mas também para apresentar o trabalho da editora e das suas bandas a futuras gerações. Essencialmente, este documentário é sobre a juventude, o espírito pioneiro e a capacidade de resistência para criar um movimento musical num país raramente reconhecido pela sua cena musical alternativa.
Para este projeto, o realizador optou por uma abordagem exaustiva, dando a todas as bandas (cerca de quarenta) do catálogo da Bee Keeper a oportunidade de participar, não só relatando a sua experiência com a editora, mas contando também as suas histórias como banda, do início ao fim.
Estas mesmas histórias acabaram por dar origem a uma série de mini documentários online intitulada "Bee Keeper Bands", em que cada episódio é dedicado a uma das bandas do catálogo da Bee Keeper, funcionando como uma espécie de contagem decrescente para o documentário de longa duração que se focará na história da editora.
Os três primeiro episódios estão já disponíveis online e podem ser vistos nos seguintes endereços:
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