O que faz um grupo musical franco-belga, e radicado na Bélgica, que tem como base primordial do seu trabalho a música portuguesa de raiz tradicional, os seus cantautores mais emblemáticos (nomeadamente José Afonso e Sérgio Godinho) ou o fado?
Faz o que fazem, porque é deles que se fala aqui, os Com~Tradição: uma música portuguesa, de certeza, mas aberta ao mundo e nela integrando outras sonoridades, do jazz à bossa-nova, da chanson à música árabe e indiana. Uma música que olha para Portugal ao mesmo tempo de perto e de longe, com a proximidade de quem ama o seu povo e as suas gentes mas com o distanciamento crítico que a diáspora pode e deve dar.
Mas, para se perceber quem realmente são os Com~Tradição, o melhor é contar a sua história desde o princípio. E no princípio está Rui Salgado, músico, cantor, compositor e letrista portuense que terminou o curso de jazz, especializando-se em contrabaixo, na Escola Superior de Música do Porto.
Em 2006, Rui trocou a Invicta pela cidade de Leuven, nos arredores mas já de cultura flamenga, de Bruxelas, onde gravou um álbum, “Conto”, com o grupo de jazz Bansuri Collective. Lançado em 2008 pela editora Mogno Music, o disco venceria um importante concurso musical da Bélgica, o Brussels Jazz Marathon, mas Rui sentiu a necessidade de começar a fazer uma música mais acessível e, ao mesmo tempo, mais próxima das suas raízes portuguesas.
E, por um acaso do destino, um pequeno concerto na escola em que Rui dava aulas de música, e para o qual convidou a cantora belga de origem portuguesa Nicole Cangueiro, professora de inglês e holandês na mesma escola, transformar-se-ia no embrião que daria origem aos Com~Tradição.
Inesperado e inovador, coerente e aventureiro, “Quando o Tempo se Quer Pousar” é um álbum de nova música portuguesa – apesar das suas raízes mais ou menos antigas – que já foi apresentado em Portugal, Bélgica, França e Alemanha e que vai este ano continuar a viajar por vários palcos portugueses e internacionais para provar, mais uma vez, que como dizia Gustav Mahler, “tradição é a transmissão do fogo; não a veneração das cinzas.
O disco “Quando o Tempo se Quer Pousar” estará disponível digitalmente a partir do dia 25 de Maio!
O disco “Quando o Tempo se Quer Pousar” estará disponível digitalmente a partir do dia 25 de Maio!
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