01/02/2016

CRIATURA | "Aurora"


Fruto de uma odisseia entusiasta de quase dois anos de trabalho, começou por ser a criatura pessoal de um único músico mas, ao ganhar vida, moveu quase meia centena de pessoas, unidas pela vontade de recriar a Música Popular Portuguesa no século XXI. 

São músicos, criadores, artistas, homens e mulheres. Jovens, os pais da Criatura, regidos até então pela mão de Edgar Valente. E junta-se ainda assiduamente o Cante Alentejano do Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa.

Dos corpos que teimam em cantar, surgem os contos, os cantos e as histórias da pele e dos seus bailes, bem vincados, onde o tempo se estende e se transforma, num espaço limitado por fronteiras mas livre de expandir a energia que nele se gera. Aqui a língua desmultiplica-se nos tantos nomes quantas as formas possíveis de se ser tradição.

São as ideias e os caminhos, saberes antigos e sabores do futuro, gerações diferentes e das suas respectivas sensibilidades e sentidos. É movimento. É, acima de tudo, um trabalho feito de amor à Terra, da música, da arte como ponto de partida para chegar ao homem, ou à mulher que se revisitam, que se transformam, que cantam na esperança de um despertar.

Ainda antes de o disco de estreia estar cá fora, o bando saiu à rua nas noites de verão e deu-se a mostrar a milhares de cúmplices: em Serpa, no Encontro de Culturas, em Lisboa no Bairro Intendente em Festa e em Cem Soldos no Festival Bons Sons. Em Outubro passou pelo Salão Brazil de Coimbra e pelo FOLIO em Óbidos.

Depois hibernou. E agora volta a acordar dia 5 de Fevereiro, para a chegada da "Aurora" da Criatura.

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