No próximo dia 28 de Novembro chega finalmente às lojas "Obra Camiliana", o segundo longa duração de José Camilo, um salto de gigante em relação ao primeiro álbum e onde as canções fogem dos subúrbios de Lisboa para partirem à conquista do país.
Com "24 Horas no Subúrbio" de 2013, José Camilo criou um disco conceito sobre como foi crescer numa cidade da Linha de Sintra, à sombra da capital, da grande cidade. Desfilaram canções melancólicas, mas ao mesmo tempo fortemente enraizadas no rock, com guitarras intensas, num som inspirado pelos anos 90, mas longe de estar ancorado nesta década.
Os tons cinzentos de "24 Horas no Subúrbio" saltaram depois para os palcos onde José Camilo modificou as músicas, tornando-as mais rápidas e pesadas, alimentando-se da adrenalina que é tocar ao vivo. E esse impacto continuou presente bem para lá do ciclo de vida do primeiro álbum.
A vontade em compor canções mais pesadas, abrasivas e sujas permaneceu em José Camilo, que se atirou ao novo disco com o som muito bem definido.
A melancolia transformou-se em raiva e o subúrbio no imenso Portugal, com José Camilo a expandir o seu universo como escritor de canções, ao cantar sobre amores e desamores, tristeza e dramas existencialistas ou mesmo crítica social, ao analisar um país e uma geração inteira a viver num frágil equilíbrio.
E a mensagem de José Camilo grita bem alto através das guitarras sujas e da bateria que impõe uma velocidade estonteante, qual locomotiva a rasgar a paisagem na velocidade máxima, como se comprova aliás pelo primeiro single "Sangram os Dias".
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