13/03/2017

JOAQUIM LOURENÇO | "Ary, o Poeta das Canções"


Ary dos Santos, o nome incontornável da história da música portuguesa, celebraria 80 anos este ano. Autor de mais de seiscentos poemas para canções, foi através da música que alcançou o grande público, participando, por mais que uma vez, no Festival RTP da Canção. Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, ou Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo são apenas exemplos de temas que atravessaram gerações até aos nossos dias.

Hoje, o poeta do povo é reconhecido por todos, e todos conhecem José Carlos Ary dos Santos, pois a sua obra permanece na nossa memória e, muitos dos seus poemas continuam actualizados, apesar da sua obra contar já mais de 4 décadas. É precisamente dessa intemporalidade das canções que o projecto, Ary, o Poeta das canções, nasce!

No seguimento do espectáculo Ary, o poeta das canções, 2017 vê nascer a obra discográfico com o mesmo nome.

Antecipando o dia mundial da Poesia (21 de março), será colocado à venda no dia 17 de Março, o CD que marca as celebrações dos 80 anos do nascimento do poeta maior da música portuguesa. Este trabalho reúne 15 clássicos da música portuguesa do século XX, tratados de forma contemporânea, como "Desfolhada Portuguesa", "Canção de Madrugar", "Cavalo à Solta", "Tourada", "Estrela da Tarde", "Homem na Cidade", "O Homem das Castanhas", "Tango Ribeirinho", "Lisboa Menina e Moça", "Retalhos", "Quando um homem quiser", "Balada para uma Velhinha", "Os Putos", "Sete Letras" e "Kyrie", tocadas e cantadas de forma inovadora e contemporânea com recurso à linguagem da música clássica, do jazz, da world music e do novo teatro musical.

Fazendo jus à memória do Poeta, e assumindo também um compromisso social, o trabalho discográfico Ary, o poeta das canções, doa 1€ de cada CD vendido a uma Instituição de trabalho e méritos por todos reconhecidos, a APAV, cujo lema é também o de Ary, (‘APAV 25 anos a) dar voz ao silêncio’. Ora, foi também isso que José Carlos Ary dos Santos quis e continua a fazer, com a sua obra.

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