09/04/2017

D'ORFEU COM NOVO PALCO E DUAS NOVAS CRIAÇÕES


Depois de uma intervenção de fundo, que começou em Dezembro de 2016 e está prestes a concluir-se, o Espaço d’Orfeu passa a contar com um renovado local para a agenda cultural de Águeda, trazendo também novas soluções para a atividade da d’Orfeu AC. A inauguração está marcada para dia 21 de Abril, às 22.00h, com um concerto que assinala o regresso d’Os CantAutores, agora em quinteto.

Dez anos depois, Luís Fernandes e Miguel Calhaz retomam a parceria musical que uniu as suas vozes em “Os CantAutores”, o espetáculo da d’Orfeu que, nos primeiros anos deste século, circulou por todo o país e resultou num disco de referência homónimo. Parte da obra menos conhecida dos cantautores José Afonso, Sérgio Godinho, Fausto e José Mário Branco vai voltar a subir aos palcos nacionais, na companhia do pianista Marco Figueiredo (também da formação original), do saxofonista Rodrigo Neves e do baterista Rui Lúcio.

É o regresso da música de intervenção, cuja atualidade não se perdeu, muito menos deixou de despertar intenso fascínio às novas gerações de público. Trata-se de música marcante na história das últimas décadas de Portugal, que vai voltar a percorrer o país, com Águeda (21 Abril), Guarda (22 Abril) e Tondela (24 Abril) já na agenda.

Mas a d’Orfeu AC tem outra nova proposta para 2017, reforçando um momento importante do seu percurso criativo, com estreia marcada para 5 de maio, também na nova latada do Espaço d’Orfeu: “Tia Graça – toda a gente devia ter uma” eleva para novo patamar a matriz músico-teatral da associação. É um espetáculo de autor, concebido e interpretado por Luís Fernandes, a par de um extraordinário trio de jovens instrumentistas da nova vaga: Joana Soares (oboé), Inês Moreira Coelho (fagote) e Inês Luzio (eufónio).

Uma homenagem às mulheres que vivem nos bastidores das vidas dos músicos, a lavar, a coser, a passar, a cozinhar, a mimar. E sempre à espera. Em “Tia Graça”, reconhece-se a valorização tardia dos entes mais discretos, aqui trazidos à ribalta, retratando os temas da velhice e da solidão com muito humor. Uma lição de vida em palco.

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