A carreira de Maria João tem sido pautada pela participação nos mais conceituados festivais de música do mundo. Um percurso iniciado na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal e que, em poucos anos, extrapolou fronteiras, fazendo de Maria João uma das poucas cantoras portuguesas aclamadas no estrangeiro.
O reconhecimento oficial da divulgação da cultura portuguesa pelo mundo valeu-lhe a comenda da ordem do Infante D. Henrique pelas mãos do presidente Jorge Sampaio. É também a única artista portuguesa a ter sido nomeada para o European Jazz Prize juntamente com Jamie Cullum e Bobo Stenson.
Possuidora de um estilo único, tornou-se num ponto de referência no difícil e competitivo campo da música improvisada. Uma capacidade vocal notável e uma intensidade interpretativa singular valeram-lhe, não só o reconhecimento internacional, como a figuração na galeria das melhores cantoras da actualidade. Unânimes no aplauso, crítica e público nomearam-na “uma voz levada às últimas consequências”, declarando-a “uma cantora que não pára de evoluir”.
Da sua parceria com o pianista Mário Laginha, de entre os 13 discos gravados destacamos: “Cor” dedicado às culturas do Índico; “Lobos, Raposas e Coiotes” com a Filarmónica de Hannover e ainda “Chorinho Feliz”.
Premiados como melhores discos vocal jazz do ano pelos prestigiados “Victoires de la Musique Awards” em França, os discos “Follow the Songlines” gravado na casa da Música com a Orquestra Sinfónica do Porto e “A Different Porgy & Another Bess” com a Brussels Jazz Orchestra assinalam a sua parceria com o belga David Linx.
Maria João colabora regularmente com orquestras e Big Bands de todo o mundo como, entre outras, a Orquestra de Jazz de Matosinhos, a Upper Austrian Jazz Orchestra, Orquestra Sinfónica da Madeira, a Big Band de Frankfurt, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Jazz Sinfónica de São Paulo.
A nível internacional trabalhou com prestigiados nomes da música, tais como: Aki Takase; Bobo Stenson; Bobby McFerrin; Gilberto Gil; Joe Zawinul; Laureen Newton; Lenine; Guinga; Trilok Gurtu, Ralph Towner, Manu Katché;
Gravou com Budda Power Blues em 2016 o disco “The Blues Experience”. Com o compositor e violonista Guinga gravou recentemente dois CDs, “Mar Afora” e “Porto da Madama”. Com Egberto Gismonti começou o ano passado uma parceria musical que terá em Outubro uma tour europeia, destacando em Portugal o CCB em Lisboa e a Casa da Música no Porto.
Maria João tem com João Farinha o projecto OGRE que conta com dois discos: “Electroméstico” 2012 e “Plástico” em 2015. Estão neste momento a gravar o terceiro álbum “Songs for Shakespeare”.
“A Poesia de Aldir Blanc”, disco dedicado à poesia do carioca Aldir Blanc, comissionado pelo SESC, será lançado no Brasil em Setembro. Para este disco Maria João reuniu músicos portugueses de diversas áreas: André Mehmari, André Nascimento, João Farinha, Mário Laginha, Filho da Mãe, Mário Delgado, Ricardo Dias e Ni Ferreirinha, Eleonor Picas, Sérgio Carolino e Silvan Strauss.
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