07/06/2021

NOITES AZUIS | Lux Frágil


Noites Azuis é a tradução para o Lux Frágil de Notas Azuis, programa de novo jazz que Rui Miguel Abreu assina na Antena 3. O programa nasceu depois da estreia da coluna de crítica com o mesmo nome na revista digital Rimas e Batidas, projeto independente de jornalismo musical que o veterano crítico e radialista criou em 2015. Reconhecendo uma particular vibração na nova cena jazz, nos sinais que nos chegam de Londres, Chicago ou Los Angeles, mas também de Lisboa ou Porto, Rui Miguel Abreu deu início a uma coluna, primeiro, e a um programa de rádio, depois, com que pretende mapear esses novos sons que estão a transformar o presente e o futuro do jazz. 

Noites Azuis é mais uma forma de investigar esses novos caminhos do jazz, com sessões mensais regulares a ocuparem uma das mais nobres e progressivas salas da nossa cidade, o Lux Frágil. Não é que a geografia seja determinante – há nos Mazarin músicos que chegam de Beja, outros que aterraram na banda vindos ainda de lugares mais a sul –, mas importa saber que foi em Lisboa que se cruzaram, entre estudos académicos avançados de música clássica, derivas pelo Hot Clube em busca de formação jazzística e, sobretudo, espaços dançantes noturnos onde captaram a vibração contemporânea do hip hop e de múltiplas velocidades electrónicas. 

Vicente Booth (guitarra), João Spencer (baixo), Léo Vrillaud (teclas) e João Romão (bateria) integram agora a família da Monster Jinx, assinalando a entrada nesse universo roxo com a edição de um single que é um perfeito indicador da fórmula que têm vindo a desenvolver tranquilamente no laboratório que mantêm na zona Ocidental da capital, mas o som que hoje dominam é o resultado de um percurso atribulado de dois anos de gravações, palcos, estradas e muitas audições.

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