22/07/2021

WOMEX 2021 | Porto


Dando continuidade à tradição anual de apresentação e apoio aos talentos do país anfitrião e das suas ligações, a edição deste ano do programa WOMEX contará mais uma vez com um palco regional: "Lusofónica Stage". Nove artistas irão atuar ao vivo em representação de oito países, incluindo Portugal, oriundos da comunidade de nações lusófonas (Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Macau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe), bem como da Galiza e da Diáspora lusófona. 

A lusofonia é o ângulo singular que tem para oferecer ao mundo a cultura musical que resulta de uma língua partilhada entre Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné e São Tomé e Príncipe. Na sua primeira edição em Portugal, o Womex 21 não podia deixar de consagrar essa ideia com um palco próprio onde se reunirão talentos variados, numa amostra plural e inclusiva a que a Sociedade Portuguesa de Autores também se associa. 

Os showcases terão lugar no icónico Teatro Nacional São João, uma das mais belas salas do país e cenário perfeito para esta apresentação da cultura musical lusófona ao mundo, e terão apresentações divididas por três dias. Reunindo talento do Brasil, Itália, Espanha e Portugal, chegará o projeto Ayom, que propõem uma visão musical singular que une o Brasil a Cabo Verde e Angola, no que os próprios descrevem como “Black Atlantic Music”; Bandé-Gamboa, uma banda criada para celebrar o crioulo que une Cabo-Verde e a Guiné com músicos de topo de ambos os países e também de Portugal; e, finalmente, Miroca Paris, um dos modernos expoentes da música de Cabo Verde, multi-instrumentista de larga experiência que já se cruzou com os mais relevantes nomes da música do seu país. 

O programa do Lusofónica Stage contempla concertos de Lina_Raul Refree, o aclamado projeto de reinvenção do fado que conquistou palcos e prémios internacionais desde que lançou o seu álbum de estreia, uma original homenagem ao espírito de Amália; Lucas Santtana é outra das grandes referências da moderna canção brasileira, dono de uma sólida discografia que se espraia por duas décadas e companheiro de palco e estrada da elite musical do Brasil; o dia terminará com Vitorino, veterano português que dispensa apresentações, dono de uma extensa carreira e com uma voz ligada a algumas das maiores pérolas do cancioneiro popular português. 

Ainda pelo Lusofónica Stage passarão O Gajo, uma das mais originais propostas da música popular portuguesa surgida nos últimos anos, projeto de João Morais que reclamou a viola campaniça para o acompanhar em canções que soam a fado ou a música tradicional, mas soam, sobretudo, diferentes; de Espanha virão os Tanxugueiras, grupo de três fortes mulheres galegas que se acompanham de pandeiretas numa energética e contagiante revisão da cultura popular; e, finalmente, a encerrar este palco, Lucia de Carvalho, artista angolana baseada em França, apaixonada pela música do Brasil, que tem uma visão musical de inclusiva mestiçagem e uma explosiva presença de palco.

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