Com texto do jornalista António Pires, aqui fica um primeiro olhar sobre o álbum "Vinde Ver Isto" de António Garcez.
«Rebelde», «controverso», «original», «ousado», «chocante», «desbocado», «obsceno», «arrasador», «potente», «importante», «surpreendente»... Muitos foram os adjetivos que os meios de comunicação – jornais e revistas, programas de rádio e televisão ou, mais recentemente, sites e blogues que se dedicam a estudar a arqueologia do rock em Portugal... -- utilizaram durante os últimos 50 anos para caracterizar a pessoa, o performer, o cantor António Garcez.
Hoje, e com a riqueza de linguagem que agora se usa, dele diriam eventualmente e apenas que é «brutal».
Pioneiro, precursor, desbravador de novos caminhos para a música portuguesa – nos seminais Pentágono, Psico, Arte & Ofício, Roxigénio ou Stick, António Garcez está agora de volta com mais um surpreendente álbum, «Vinde Ver Isto», que tem edição marcada para dia 22 de Outubro, através da Arde Records, de Ricardo Gordo.
Com produção e arranjos de Ricardo Gordo e de António Garcez – que também assinam a música e as letras de todos as músicas originais (e com o acrescento, em co-autoria,de Sérgio Castro num tema resgatado ao passado: «Contradiction», dos Arte & Ofício). Na gravação de «Vinde Ver Isto» participaram António Garcez (voz), Ricardo Gordo (guitarra eléctrica, guitarra portuguesa e coros), Fernando Gordo (baixo eléctrico), Luís “Tom” Neiva (bateria), Fábio Serrano (saxofone), Manuel Guimarães (piano) e Joana Anta (voz em «Kiss in heaven»).
O single de apresentação do álbum é «I’m Back», um poderosíssimo tema de (passe a redundância) power-rock com um solo de guitarra a responder, e a fazer eco, da declaração de intenções que serve de título à canção. Porque, para quem pudesse ter qualquer espécie de dúvida, António Garcez nela afirma «Estou de volta!» e, piscando o olho ao passado, aqui nos transporta para o seu presente e promete novos e ainda maiores futuros.
«Sempre adorei grandes vozeirões, quer sejam masculinos ou femininos, e posso agora acrescentar-lhes um Luciano Pavarotti ou um Andrea Bocelli»" (António Garcez)
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